segunda-feira, 24 de julho de 2017

Adolescentes são apreendidos suspeitos de participação em estupro coletivo no colégio Padre Melo em Bom Jesus do Itabapoana


Quatro adolescentes, com idades entre 14 e 16 anos, foram apreendidos na manhã desta segunda-feira (24) por suspeita de participação nos casos de estupro coletivo no Colégio Estadual Padre Mello, em Bom Jesus do Itabapoana, no Noroeste Fluminense. Um jovem apontado pela vítima como seu namorado é alvo de um dos mandados de busca e apreensão, mas não foi encontrado.

A menina de 13 anos que denunciou os casos de violência sexual contou ao Fantástico deste domingo (23) detalhes sobre o caso e disse que não pretende voltar à escola.
A secretaria de Estado de Educação informou que afastou o diretor do colégio e abriu sindicância para apurar o caso. A Polícia Civil tomou conhecimento pelo Conselho Tutelar após denúncia de uma amiga da escola - por isso, também investiga a escola que, mesmo sabendo do caso, não procurou a polícia.

A polícia suspeita que os estupros podem ter tido a participação de 14 adolescentes, com idades entre 13 e 16 anos.
O pai da menina espera que seja feita justiça em relação ao caso. "Ela falou assim: ó, papai, não podia acontecer isso, mas os meninos 'forçou' (sic) eu e levou pra lá. Um foi comigo, chegou lá não tive como sair depressa porque o portão tava fechado. Aí, obrigou a ficar com os outros cinco. Eu espero que a Justiça resolva isso, porque eu mesmo não posso fazer nada. Eu acho que eles têm que ser punidos, porque se eu ficasse quieto, talvez, isso iria continuar", declarou.

O Ministério Público afirma que os casos de violência sexual ocorriam constantemente.
"A vítima relata que foi submetida a uma série de atos de constrangimentos e a todo um processo de escravização sexual. Os fatos ocorreram ao longo de 45 dias entre os meses de maio e junho deste ano. Dois episódios na quadra envolvendo uma série de adolescentes. O terceiro episódio ela diz que não pôde nem contar quantos eram, mas que eram pelo menos 15. E o último episódio teria ocorrido dentro da sala de aula envolvendo dois adolescentes praticando o ato sexual com ela e mais dois que seriam responsáveis pela vigilância para que ninguém se aproximasse", diz a promotora Olivia Motta Venâncio Rebouças.

A adolescente é acompanhada pelo Conselho Tutelar e vai passar por tratamento médico e psicológico. Se comprovada a participação dos adolescentes, segundo a polícia, a pena pode chegar a três anos em casa de acolhimento.Por G1, Norte Fluminense e Região

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