sexta-feira, 31 de julho de 2020

Bom Jesus do Itabapoana não tem mais leitos de UTI disponíveis



Bom Jesus do Itabapoana registrou, em 24 horas, mais quatro casos de Covid-19, somando, nesta sexta-feira (31), 637 casos confirmados no município, que registra, ainda, 15 óbitos em decorrência da doença.

De acordo com a secretaria municipal de Saúde, uma morte ainda está sob investigação e 203 casos de coronavírus são monitorados. Do total de pacientes contaminados, 419 já se recuperaram da doença.

No município, todos os 22 leitos de UTI estão ocupados. Dos 40 leitos de enfermaria, 20 estão disponíveis.Fonte Fmanha.

Detran-RJ libera certificado de licenciamento de veículos digital



Mais de um milhão de proprietários de veículos do Estado do Rio poderão baixar o CRLV digital de 2020 em seus aparelhos celulares ou tablets a partir de segunda-feira. A versão digital do documento, válida em todo o território nacional, substituiu completamente o documento obtido no Detran e pode ser acessada em até 5 dispositivos. Além disso, quem quiser ter o documento em papel, poderá imprimir a versão digital em sua própria casa.

"Além da praticidade, esse novo serviço nos ajudará a evitar aglomerações nas nossas unidades e, consequentemente, o contágio do coronavírus entre a população e nossos funcionários", afirmou o presidente do Detran.RJ, Marcello Braga Maia.

Para ter a versão digital do documento é preciso acessar o site do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) ou baixar o aplicativo Carteira Digital de Trânsito, disponível gratuitamente para os sistemas Android e IOS. Apenas os proprietários que tiverem quitado os boletos de GRT (Guia de Recolhimento de Taxa, disponível no site do Bradesco) e DPVAT (seguro obrigatório devido à Seguradora Líder) conseguirão fazer o download do documento.

No aplicativo Carteira Digital, um tutorial explica como realizar o procedimento, no link: https://servicos.serpro.gov.br/carteira-digital/. O primeiro passo é se registrar, pelo próprio aplicativo, no gov.br, que é o cadastro do governo federal para documentação em geral. Nele, o motorista também pode baixar a CNH Digital, válida em todo o território nacional.

Confira o passo a passo para obter o CRLV Digital:

1. Instale o aplicativo CDT – Carteira Digital de Trânsito no seu celular
2. Cadastre o usuário
* Uma vez instalado o app, abra e selecione: "Entrar com gov.br"
* Na tela seguinte, informe CPF e selecione "Próxima"
* Na próxima tela, crie uma conta e, após criá-la, retorne ao aplicativo e clique em "Entrar com gov.br"
3. Baixe o CRLV Digital
* Faça o login
* Selecione "Veículos"
* Informe o número do Renavam e o Número de segurança do CRV (é o antigo DUT, com 12 caracteres)
* Selecione "Incluir" e estará pronto o seu CRLV Digital

Caso a pessoa já tenha sido usuário do antigo aplicativo CNH Digital, basta atualizá-lo para obter o app da Carteira Digital de Trânsito com a VNH disponibilizada automaticamente.

Outro ponto importante é que o número de segurança do CRB (Certificado de Registro do Veículo) está disponível somente neste documento, que também é conhecido como documento de compra e venda ou antigo DUT (Documento Único de Transferência). Está localizado na parte superior direita do documento.Fonte Detran RJ.

Nas últimas 48 horas Itaperuna não registra morte por Covid-19




Permanece em 57 o número de mortes por Covid-19 em Itaperuna, de acordo com o boletim da Secretaria Municipal de Saúde desta quinta-feira (30). Ou seja, não houve óbito por coronavírus nos últimos dois dias, sendo que duas possibilidades continuam sendo investigadas.

O histórico de casos positivos é de 1.701 pessoas infectadas pela pandemia no período de 11 de março até 30 de julho. Deste total, se recuperaram 1.180, deixando o município com 464 casos confirmados ativos, dos quais 14 pacientes permanecem internados e 450 em isolamento domiciliar.Da Redação da Tribuna Itaperunense com informações da Rádio Itaperuna 96.9 FM

Confira o boletim desta quinta-feira:

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Alerj vai recorrer contra suspensão do processo de impeachment de Witzel pelo STF



A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) vai recorrer da decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, que suspendeu o processo de impeachment do governador Wilson Witzel e determinou a recomposição da comissão especial que analisa a denúncia.

A apresentação da defesa do governador terá que ser adiada. A decisão foi tomada por unanimidade em reunião entre os líderes partidários realizada nesta terça-feira (28).

Os parlamentares decidiram ajuizar o recurso no início de agosto, quando termina o recesso no Judiciário. Com isso, quem analisará o pedido da Casa será o ministro Luiz Fux, relator do processo. A liminar foi concedida no plantão judiciário pelo ministro Dias Toffoli no último dia 27, em meio ao recesso da Corte.

Segundo o presidente da Alerj, a Casa vai estudar, em paralelo ao recurso, um modelo para a formação de uma nova comissão que contemple a participação de todos os 25 partidos com representação na Alerj, como determina a lei do impeachment, e a proporcionalidade das bancadas.

Presidente da comissão especial suspensa pela liminar, deputado Chico Machado (PSD) agradeceu o apoio dos demais deputados, e também foi favorável ao recurso.

Um dos autores da denúncia que resultou no processo de impeachment, o deputado Luiz Paulo (PSDB) também defendeu a decisão, mas pontuou que é preciso formular uma alternativa.

Witzel é acusado de crime de responsabilidade na gestão dos recursos da saúde do estado durante a pandemia. São denúncias de compras superfaturadas de respiradores, fraudes na licitação para os hospitais de campanha e outras irregularidades em contratos com organizações sociais.

O governador nega as acusações, e diz que desde as primeiras denúncias determinou que se apurasse os fatos. O ex-secretário de Saúde do estado, Edmar Santos, está preso desde o dia 10 de julho.

Fonte: Agência Brasil



PF faz operação contra tráfico de armas em oito estados



Policiais federais fazem hoje (29) uma operação contra o tráfico internacional de armas e acessórios. A Operação Mercado das Armas cumpre um mandado de prisão preventiva e 25 mandados de busca e apreensão em oito estados brasileiros: Paraná, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.

A operação foi desencadeada depois que investigações da Polícia Federal identificaram a atuação de um grupo criminoso na importação, transporte e remessa de armas de fogo e acessórios a vários estados brasileiros.

As armas de fogo eram importadas do Paraguai, com a ajuda de atravessadores, e transportadas, por correios ou transportadoras privadas, para seus destinos no Brasil escondidas dentro de equipamentos, como rádios, climatizadores e panelas elétricas.

“Um dos acessórios importados do Paraguai e comercializado pelos investigados é o denominado Kit Roni que, em um de seus modelos para uso exclusivo com pistolas de airsoft, era transformado para uso com armas de fogo e munições reais, tornando o equipamento em uma espécie de submetralhadora, podendo-se utilizar carregadores estendidos e seletores de rajadas. A importação desse acessório era realizada de forma ilegal, sem os certificados necessários e vendidos por plataformas virtuais sem o fornecimento de notas fiscais”, informa nota divulgada pela Polícia Federal.

Os investigados serão indiciados pelos crimes de tráfico internacional de armas de fogo e acessórios, associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro.Fonte Agência Brasil

Estado do Rio de Janeiro confirma mais 157 mortes por covid-19



O estado do Rio de Janeiro informou hoje (28) no boletim diário da Secretaria de Estado de Saúde sobre covid-19 que foram confirmados mais 157 óbitos nas cidades fluminenses. Com isso, o total de mortes subiu para 13.033, em um universo de 159.639 casos confirmados da doença desde o início da pandemia.

Se fosse considerado um país, o estado do Rio de Janeiro seria o 13º em número acumulado de óbitos desde março. O boletim desta terça-feira informa que ainda há 1.157 óbitos em investigação e 136.941 pessoas recuperadas da covid-19.

A cidade do Rio de Janeiro tem 70.440 casos confirmados, número que é maior que toda a população do bairro de Madureira, por exemplo, tradicional centro comercial da zona norte da cidade. Já o número de óbitos confirmados chegou hoje a 8.124.

Fora a capital, somam mais casos de covid-19 no estado do Rio as cidades de Niterói (8.805), São Gonçalo (8.019), Duque de Caxias (5.736), Macaé (5.419), Nova Iguaçu (4.058), Angra dos Reis (3.686), Itaboraí (3.239), Volta Redonda (3.329) e Campos dos Goytacazes (2.830).

Já em relação ao número de mortes por covid-19, São Gonçalo (575) foi a segunda cidade mais atingida, seguida por Duque de Caxias (553), Nova Iguaçu (421), São João de Meriti (308), Niterói (294), Belford Roxo (205, Campos dos Goytacazes (195), Magé (158) e Itaboraí (153).Fonte Agência Brasil


Itaperuna tem 57 mortos por covid-19






terça-feira, 28 de julho de 2020

Estudantes podem se inscrever no Fies a partir de hoje


De hoje até esta sexta-feira (31) estarão abertas, no site do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) as inscrições no processo seletivo para o segundo semestre de 2020. O resultado será divulgado no dia 4 de agosto. Segundo o Ministério da Educação (MEC), o período para complementação da inscrição dos candidatos pré-selecionados será de 4 a 6 de agosto.

As inscrições no programa, que começariam na semana passada, foram adiadas depois que o MEC identificou inconsistências no processamento da distribuição das vagas ofertadas pelas instituições de ensino superior.

Lista de espera

Quem não for pré-selecionado na chamada única do Fies pode disputar uma das vagas ofertadas por meio da lista de espera. Diferentemente dos processos seletivos do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e do Programa Universidade Para Todos (Prouni), para participar da lista de espera do Fies não é necessário manifestar interesse, a inclusão é feita automaticamente.

A convocação da lista de espera vai do dia 4 até as 23h59 de 31 de agosto.

Requisitos
Pode se inscrever na seleção do Fies o candidato que tenha participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a partir da edição de 2010, e tenha alcançado nota média nas provas igual ou superior a 450 pontos.

O interessado não pode ter zerado a redação e deve ter renda familiar mensal bruta, por pessoa, de até três salários mínimos.

Programa

O Fies é um programa do MEC que concede financiamento a estudantes em cursos superiores não gratuitos, em instituições de educação superior particulares. O fundo é um modelo de financiamento estudantil moderno, divido em diferentes modalidades, podendo conceder juro zero a quem mais precisa. A escala varia conforme a renda familiar do candidato.Fonte Agência Brasil

Polícia apreende droga em Itaperuna


De acordo com informações fornecidas ao Disque Denúncia do Noroeste, um jovem estava utilizando um imóvel localizado no “Morro da Bomba”, bairro São Mateus, para o tráfico de entorpecentes. PMs foram ao endereço na tarde desta segunda-feira (27).

Ao ser questionado da denúncia, o rapaz negou envolvimento. Em um basculante na parte externa da residência, os militares encontraram um invólucro de pasta base de cocaína. Ao perceber que a guarnição encontrou a droga, o jovem saiu correndo em direção a uma área de mata e não foi localizado.

Em seguida, a guarnição fez contato com um dos moradores e realizou buscas. Dentro do vaso sanitário foram apreendidas duas mariolas de maconha. O jovem de 24 anos, que não havia sido localizado até o fechamento do registro de ocorrência, foi autuado por tráfico de drogas na 143ª Delegacia Legal do município.

O Disque Denúncia do Noroeste atende pelo telefone (22) 3822-1177 ou celular 9.9980-1177.Da Redação da Tribuna Itaperunense com informações da Rádio Itaperuna 96.9 FM

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Governo do estado autoriza reabertura de academias de ginástica e salões de beleza



O governo do estado autorizou, nesta quarta-feira, a reabertura de academias de ginástica e salões de beleza. Os estabelecimentos podem voltar a funcionar respeitando protocolos e medidas de segurança recomendadas pelas autoridades sanitárias.

Os salões, barbearias e congêneres podem funcionar com agendamento prévio, limitando o atendimento ao público de 50% da sua capacidade de lotação. As academias precisam respeitar a capacidade máxima simultânea de quatros metros quadrado por pessoa, realizar agendamento para os frequentadores e não utilizar equipamento de difícil higienização.

A flexibilização desses setores da economia foi publicada em decreto no Diário Oficial de hoje. O decreto também prorroga, até o dia 5 de agosto, algumas medidas restritivas de prevenção e enfrentamento à propagação do novo coronavírus (covid-19) no Rio.

Também foram autorizadas:
.
 Atividades culturais ao ar livre nas regiões Metropolitana, Baixada Litorânea e Noroeste, devendo ser respeitada distância mínima de um metro entre as pessoas

. Atividades esportivas coletivas ao ar livre

. Abertura de lojas de comércio de rua, incluindo galerias, exclusivamente no horário das 9h às 19h,
até o limite de 50% de sua capacidade total

. Abertura das unidades do Rio Poupa Tempo e do Detran

O funcionamento dos parques, para a prática de esportes, também está permitido, desde que não haja aglomeração.

Ficam autorizadas as atividades esportivas individuais ao ar livre, inclusive em praias e lagoas, preferencialmente próximo à residência. Atividades esportivas de alto rendimento estão autorizadas, desde que sem público e com os devidos protocolos de higienização.
PACTO COVID

O governo do estado disse que, para elaborar as novas medidas, baseou-se no Pacto Covid, que fundamenta a adoção de ações de flexibilização ou restrição de atividades econômicas e sociais.

Atualmente, as regiões Metropolitana, Baixadas Litorâneas e Noroeste estão na bandeira de cor amarela, equivalente ao nível de risco baixo. O restante do estado está na bandeira laranja, de risco moderado. A nota técnica é emitida quinzenalmente, com atualização e detalhamento dos indicadores do painel, no Diário Oficial.

"Estamos retomando a economia fluminense de forma segura e gradual, nos baseando em dados epidemiológicos da Secretaria de Saúde. O isolamento social ajudou a salvar mais de 80 mil vidas, de acordo com projeções. A queda nas internações reflete as ações tomadas de forma pioneira no estado na adoção de medidas de isolamento social para evitar, ainda em março, o avanço da pandemia" explicou o governador Wilson Witzel (PSC).
RESTRIÇÕES

As aulas presenciais das redes de ensino estadual, municipal e privada permanecem suspensas, assim como atividades coletivas em cinemas, teatros e afins. Continua proibida a permanência da população fluminense nas praias, lagoas, rios, piscinas públicas e clubes.

Também é obrigatório o uso de máscaras de proteção respiratória em espaços públicos, transportes públicos, estabelecimentos comerciais e repartições públicas estaduais. O descumprimento da lei acarretará multa de R$ 700 para pessoas jurídicas e de R$ 106,65 para pessoas físicas. As multas serão aplicadas pela Vigilância Sanitária, com o apoio das polícias Civil e Militar e agentes do programa Segurança Presente.

O novo decreto também mantém o home office nas repartições públicas estaduais localizadas em regiões onde a bandeira é laranja. Em municípios com a bandeira amarela, fica autorizado o trabalho remoto apenas para grupos vulneráveis, especificado em decreto.

MUNICÍPIOS

O decreto mantém a recomendação às prefeituras fluminenses de reabertura gradual de setores do comércio e da indústria, de acordo com as especificidades de cada cidade, em horários específicos para evitar aglomerações. Os municípios têm autonomia para manter suas determinações e regras.

Os shopping centers e centros comerciais podem funcionar das 10h às 22h, com limitação de 50% da capacidade, garantindo fornecimento de álcool em gel 70%. As praças de alimentação também podem reabrir, obedecendo ao limite de 50% da capacidade. Áreas de recreação, cinemas e afins, no entanto, permanecerão fechados.

Desde o dia 6 de junho, bares e restaurantes estão autorizados a funcionar no estado, respeitando o limite de 50% de sua capacidade.

As organizações religiosas podem funcionar, desde que seja observada a distância de um metro entre as pessoas.

Todos os estabelecimentos abertos devem seguir protocolos e medidas de segurança recomendadas pelas autoridades sanitárias, como assegurar a distância mínima de um metro entre as pessoas e disponibilizar álcool em gel 70%. Deve também ser observada a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção facial por clientes e funcionários.Fonte Jornal O Dia

Covid-19: pacientes oncológicos devem manter uso de máscaras


Após a flexibilização do isolamento social determinado para evitar o contágio pelo novo coronavírus, o uso de máscaras vai continuar durante muito tempo. O instrumento de defesa contra a covid-19 é fundamental, especialmente para os pacientes oncológicos.

A avaliação é do médico epidemiologista Alfredo Scaff, da Fundação do Câncer. Com o objetivo de proteger os pacientes com câncer, a instituição sem fins lucrativos criou a campanha #UmporTodos, em suas redes sociais, para captar recursos usados na fabricação de máscaras de tecidos por costureiras de comunidades do Rio de Janeiro.

O material é produzido pela organização não governamental (ONG) Pipa Social, que atua na geração de renda de 49 comunidades do Rio de Janeiro e da Baixada Fluminense por meio da costura e do artesanato. A distribuição de máscaras aos pacientes oncológicos é feita pela entidade filantrópica Davida – Casa do Bom Samaritano.

As doações podem ser feitas no site da Fundação do Câncer. A campanha não tem prazo para ser encerrada. “A ideia é não parar com a campanha”, reforçou Scaff. Da meta inicial de R$ 30 mil, já foram arrecadados até o fim de junho passado R$ 20 mil.

O valor das doações é investido na produção das máscaras de tecido pelas costureiras das comunidades, que têm assim uma forma extra de geração de renda. Depois de confeccionadas, as máscaras são doadas aos pacientes oncológicos em situação de vulnerabilidade social e a seus familiares. Além de doadores individuais, Alfredo Scaff pretende buscar também doações de empresas, “que podem colaborar com mais recursos” para ampliar o universo de beneficiados.

Alto risco

O epidemiologista da Fundação do Câncer destacou que os pacientes oncológicos constituem um grupo de alto risco neste momento de relaxamento da pandemia do novo coronavírus. “Este momento é muito crítico para os grupos de risco”, afirmou. Os pacientes devem continuar com o distanciamento e ficar a maior parte do tempo possível de máscara, mesmo em casa, da mesma forma que seus familiares, recomendou.

“Por causa do tratamento, eles têm a imunidade rebaixada e, caso se contaminem com a covid-19, que ataca também o sistema imunológico, pode ser uma catástrofe. Pode ser muito grave para esses pacientes”, assegurou Scaff. Segundo o médico, a máscara serve também como uma lembrança para a pessoa tomar os cuidados com o distanciamento, lavar as mãos, usar álcool gel, não ficar próximo das pessoas. “Infelizmente, até que tenhamos uma vacina ou um tratamento eficaz contra essa doença, a gente vai ter que fazer uso da máscara. Não tem outra saída”.

As máscaras já estão sendo encaminhadas para serviços que estavam mais descobertos, como o Hemorio, que trata pacientes de leucemia, e os movimentos Outubro Rosa Niterói e Unidas pela Vida, disse Scaff.

Interrupção

O médico da Fundação do Câncer alertou que os pacientes oncológicos não devem interromper os tratamentos durante a pandemia, já que se trata de uma doença tempo dependente, ou seja, “se você perder tempo no tratamento, a doença pode avançar e aí o tratamento fica muito mais dificil”. Nas visitas aos centros de referência e em outras atividades em que seja necessário ir à rua, os pacientes precisam, algumas vezes, da ajuda de familiares e cuidadores, que também devem estar protegidos pelo uso de máscaras.

A aposentada Márcia Maria Rodrigues de Souza, de 54 anos, sai de Itaipu, na região oceânica de Niterói, onde mora com seu filho de 26 anos, para continuar o tratamento de câncer de mama no Hospital Universitário Antônio Pedro, da Universidade Federal Fluminense (UFF), no centro da cidade. Ela defendeu o uso da máscara. “É muito importante para a gente, tanto para não contaminar quanto para não ser contaminado. Quando as duas pessoas usam, o risco fica bem mais baixo”. Márcia lembrou que a máscara, além de proteger o rosto, evita que as pessoas fiquem levando a mão à boca ou ao nariz. “Isso é automático. Mas se você está com a máscara, você lembra que não pode tocar. É muito importante”.

Márcia fez quimioterapía entre 2018 e 2019. Após a cirurgia, ela complementa o tratamento com aplicações do remédio Herceptin e a realização periódica de exames de sangue e ecocardiogramas.

A aposentada Georgina dos Santos, de 67 anos, moradora do Morro Dona Marta, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro, se desloca todos os dias a um casarão na Rua das Palmeiras, situado a cerca de um quilômetro de sua casa, onde funciona a ONG Pipa social. Ali, Georgina e outras mulheres complementam a aposentadoria com a costura.

Engajamento

A campanha está recebendo também o engajamento de artistas, como a atriz e apresentadora Cissa Guimarães, que gravou um vídeo para o facebook da Fundação do Câncer, convidando as pessoas a fazer doações.

“Todo mundo sabe como é importante o uso da máscara para conter a disseminação do novo coronavírus. E todo mundo sabe também que grupos de risco, como os pacientes de câncer, precisam se cuidar ainda mais, pois têm muito mais chances de desenvolver um quadro grave de covid-19. Por isso, convido todos a participar da campanha #UmporTodos da Fundação, que ajudar a proteger quem está em tratamento e gerar renda para quem precisa”, disse Cissa.

Fonte: Agência Brasil

Câmara conclui análise de PEC que torna Fundeb permanente


A Câmara dos Deputados concluiu, nessa terça-feira (21), a proposta de emenda à Constituição que torna o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) permanente (PEC 15/15). A matéria segue para o Senado. 

A proposta foi aprovada em primeiro turno por 499 votos favoráveis a 7 contrários; e em segundo turno por 492 votos a 6.

Após negociação de modificações do texto da PEC com governo federal, a relatora da proposta, deputada Professora Dorinha (DEM-TO), subiu a complementação da União para 23% em 2026, dos quais cinco pontos percentuais são destinados especificamente para educação infantil.

Pelo texto da relatora, a participação da União no fundo será de 12% em 2021; 15% em 2022; 17% em 2023; 19% em 2024; 21% em 2025; 23% em 2026. Atualmente, o governo federal aporta no Fundeb 10% da contribuição total dos estados e municípios. 

“Em um esforço de alcançar o consenso amplo que incorporasse elementos da proposta do governo, apresentada em julho de 2020, acordamos em uma complementação final de 23% em seis anos, com a priorização para educação infantil, etapa de ensino onde se concentra a maior demanda não atendida pelo sistema público de ensino. Isso trará grande impacto para a educação da primeira infância”, disse a relatora.

Segundo a deputada, com a complementação mínima de 23%, em 2026, 24 estados terão municípios recebendo auxílio da União. Com a complementação atual, nove estados são atendidos: Amazonas, Pará, Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco e Piauí.

Complementação

O percentual de complementação da União será divido em três partes: 10 pontos percentuais seguirão as regras atuais de distribuição, sendo destinados para os estados mais pobres que recebem o complemento da União para atingirem o padrão mínimo.

Dos 13 pontos percentuais a mais que a União complementará o Fundeb, 10,5 pontos percentuais deverão ser destinados a cada rede de ensino municipal, distrital ou estadual sempre que o valor anual total por aluno (VAAT) não atingir o mínimo definido nacionalmente. Mais 2,5 pontos percentuais serão distribuídos com base na evolução dos indicadores de atendimento e melhoria da aprendizagem com redução das desigualdades.

A proposta aprovada tem foco na educação básica e deve destinar, pelo menos, 50% dos recursos deverá ser destinado à educação básica, conforme negociado com o governo. O texto apresentado pela Professora Dorinha prevê que, em caso de falta de vagas em creches na rede pública, o recurso poderá ser destinado a instituições sem fins lucrativos.

O texto vedou o uso dos recursos do Fundeb para pagamento de aposentadorias e pensões, apesar da tentativa do governo de liberação da verba do fundo para esses pagamentos. A relatora manteve a proposta de garantir, pelo menos, 70% desses recursos para o pagamento de salário de profissionais da educação.

Impasse

Parlamentares ligados ao governo tentaram retirar da proposta o trecho que assegurava ainda um padrão mínimo de qualidade, no qual deverá garantir as condições adequadas de oferta e terá como referência o custo aluno qualidade. O Custo Aluno-Qualidade (CAQ) é um parâmetro de financiamento educacional previsto no Plano Nacional de Educação (PNE). No entanto, o dispositivo foi mantido por 393 votos favoráveis, 83 contrários e três abstenções.

De acordo com o deputado Thiago Mitraud (NOVO-MG), o dispositivo pode trazer insegurança jurídica para as prefeituras e redes públicas de educação. Segundo o parlamentar, estudo da Universidade Federal de Goiás indica que 19% das redes de ensino públicas, estaduais e municipais, investem o que seria considerado por esse conceito.

“Constitucionalizar o CAQ pode trazer uma série de problemas e obrigar prefeituras a retirar recursos da saúde, retirar recursos da segurança pública e de tantas outras áreas necessitadas para atender os pressupostos do conceito, que não têm relação com a qualidade do ensino, não têm relação com a aprendizagem, não têm relação com aquilo que nós esperamos da educação pública brasileira, que é que as nossas crianças e jovens aprendam o que tenham que aprender para poder ter autonomia como indivíduos, para poder prosseguir as suas vidas”, disse o deputado.

São considerados itens necessários para oferta de uma boa educação, por exemplo, a formação continuada dos professores, o acesso à internet, a banheiros, a quadra de esportes, laboratórios e biblioteca. Entram na conta ainda dinheiro para pagar despesas com conta de luz e água, entre outras. O CAQ também visa garantir uma jornada de 7 a 10 horas para os alunos e o piso salarial para todos os profissionais da educação, mas ainda dependerá de regulamentação.

A relatora da matéria, deputada Professora Dorinha, explicou que o trecho não vai gerar novos custos e será regulamentado por meio de lei complementar.

“Ao relatar a PEC, eu o fiz com segurança e com confiança em relação à possibilidade de o CAQ ser detalhado em uma lei complementar, que vai ser bastante debatida nesta Casa e que trata do sistema”, explicou. “Logicamente, a preocupação é definir os critérios de qualidade e as escolhas. E, com os recursos disponíveis, cada rede fará sua definição de quais são as prioridades. Não há só os insumos, há todo um conjunto importante para a construção dessa qualidade”.

Fundo

O Fundeb é a principal fonte de recursos da educação básica, respondendo por mais de 60% do financiamento de todo o ensino básico do país, etapa que vai do infantil ao ensino médio. O fundo é composto por percentuais das receitas de vários impostos. Atualmente, cerca de 40 milhões de estudantes da rede pública são atendidos pelos recursos do financiamento.

Durante a votação da PEC nesta terça-feira, os deputados retiraram o trecho que incluía a Lei Kandir na composição do fundo.

Os recursos do Fundeb são distribuídos de forma automática, ou seja, não há necessidade de autorização ou convênios para sua destinação, e periódica, mediante crédito na conta específica de cada governo estadual e municipal.

A distribuição desses recursos é realizada com base no número de alunos da educação básica pública, de acordo com dados do último censo escolar, sendo computados os alunos matriculados. Dessa forma, os municípios recebem os recursos do Fundeb com base no número de alunos da educação infantil e do ensino fundamental, e os estados, com base no número de alunos do ensino fundamental e médio.

De acordo com a relatora, em 2019 os recursos do Fundeb equivaleram a cerca de R$ 156,3 bilhões, provenientes, predominantemente, do Tesouro dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, que contribuem com 90% desse valor.Fonte Agência Brasil 


segunda-feira, 20 de julho de 2020

Vacina chinesa contra covid-19 começará a ser testada nesta terça feira em SP


A vacina chinesa contra o novo coronavírus, chamada de CoronaVac, começará a ser testada em voluntários brasileiros a partir de amanhã (20). A vacina será aplicada em 890 voluntários da área da saúde do Hospital das Clínicas, na capital paulista.

A vacina é aplicada em duas doses. A primeira delas começa a ser aplicada amanhã. A outra dose será aplicada após 14 dias. Os pesquisadores do Hospital das Clínicas vão analisar os voluntários em consultas que são agendadas a cada duas semanas. A estimativa é concluir todo o estudo da fase 3 de testes em até 90 dias.

Ao todo, os testes com a CoronaVac serão realizados em nove mil voluntários em centros de pesquisas de seis estados brasileiros: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. A pesquisa clínica será coordenada pelo Instituto Butantan e o custo da testagem é de R$ 85 milhões, custeados pelo governo.

Os testes serão acompanhados por uma comissão de pesquisadores internacionais, que terão acesso à plataforma científica para observar o andamento e garantir transparência em todo o processo.

Caso seja comprovado o sucesso da vacina, ela começará a ser produzida pelo Instituto Butantan a partir do início do ano que vem, com mais de 120 milhões de doses, o suficiente para vacinar cerca de 60 milhões de brasileiros. 

“A partir do fechamento do estudo, que deve acontecer em setembro, entramos na fase de acompanhamento, que é muito contínua. A qualquer momento, a partir daí, poderemos ter a  abertura parcial do estudo que indique a sua eficácia. Se esse estudo for concluído antes do final deste ano – e essa é uma expectativa real – poderemos ter essa vacina disponível para a população brasileira já no início do próximo ano”, disse Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.

Segundo o governador de São Paulo, João Doria, a vacina, caso seja aprovada, será destinada a todos os brasileiros. "Isso será feito através do Sistema Único de Saúde, universal e gratuito a todos os brasileiros. O Instituto Butantan terá todo o domínio da tecnologia. É isto que prevê o acordo com o laboratório Sinovac."

As doses da vacina chegaram nesta madrugada no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Esta vacina contra o coronavírus é desenvolvida pela Sinovac, sediada na China, e tem parceria com o Instituto Butantan. A carga inicial com 20 mil doses da vacina está aguardando liberação pela alfândega. Depois disso, o medicamento será inspecionado na sede do instituto. Em seguida, será distribuída aos 12 centros de pesquisa que serão responsáveis pelo recrutamento, aplicação e acompanhamento dos voluntários.

“Hoje é um momento histórico para a ciência brasileira. Chegaram em São Paulo, nesta madrugada, 20 mil doses da vacina CoronaVac, e agora elas seguem para a sede do Instituto Butantan. E a partir de amanhã, começam a ser testadas”, falou Doria.

CoronaVac

A CoronaVac é uma das vacinas contra o novo coronavírus em fase mais adiantada de testes. Ela já está na terceira etapa, chamada de “etapa clínica”, onde é feita a testagem em humanos. O laboratório chinês já realizou testes do produto em cerca de mil voluntários na China nas fases 1 e 2. Antes, o modelo experimental aplicado em macacos apresentou resultados expressivos em termos de resposta imune contra as proteínas do vírus.

A vacina é inativada, ou seja, contém apenas fragmentos inofensivos do vírus. Com a aplicação da dose, o sistema imunológico passaria a produzir anticorpos contra o agente causador da covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus. No teste, metade das pessoas receberão a vacina e metade receberá placebo, uma substância inócua e sem efeitos químicos. Os voluntários não saberão o que vão receber. Esse método de testagem é chamado de “testagem cega”, e permite saber se há realmente efeitos físicos e químicos no uso da medicação ou se a melhora acontece simplesmente por ação do organismo.

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, está bastante otimista com o sucesso da CoronaVac. “Podemos ter aqui no Brasil a primeira vacina a ser usada em massa. E em termos temporais, isso é muito favorável. Estamos no meio de uma epidemia, temos muitos casos e esse é o cenário ideal para testarmos essa vacina”, afirmou.

Aplicação da vacina

Os voluntários para o teste começaram a ser recrutados na semana passada, com o lançamento de uma plataforma pelo governo paulista onde eles puderam se inscrever. Apenas profissionais da saúde que ainda não tiveram a doença e que atuam com pacientes diagnosticados com covid-19 poderão participar. Para atender aos critérios, esses profissionais da saúde não poderão ter outras doenças e nem estar em fase de testes para outras vacinas. As voluntárias também não poderão estar grávidas.

Segundo o governo paulista, mais de 1 milhão de pessoas se inscreveram na plataforma para participar dos testes.Fonte Agência Brasil

Hospital São José do Avaí divulgou que mais dois pacientes com covid-19 morreram na unidade






sexta-feira, 17 de julho de 2020

Estado do Rio tem 134 mil casos confirmados de covid-19



O estado do Rio tem, até o momento, 134.573 casos confirmados e 11.849 mortes por covid-19. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (16) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Nas últimas 24 horas, foram registrados mais 124 casos e 92 óbitos.

Estão em investigação 1.181 óbitos no estado. Os pacientes que se recuperaram da doença são 114.351.

A maior parte dos casos confirmados está na capital, que tem 65.571 pessoas infectadas. Entre os demais municípios com maior número de casos, estão Niterói (7.463), São Gonçalo (6.492), Nova Iguaçu (3.701), Duque de Caxias (3.686), Macaé (3.583), Itaboraí (2.835), Angra dos Reis (2.547), Campos dos Goytacazes (2.240), Volta Redonda (2.234), São João de Meriti (1.925), Magé (1.861), Queimados (1.858), Itaguaí (1.719), Belford Roxo (1.628), Maricá (1.610) e Teresópolis (1.318).

A capital também tem o maior número de mortes: 7.550. Entre os demais municípios com grande número de óbitos, estão São Gonçalo (529), Duque de Caxias (493), Nova Iguaçu (384), São João de Meriti (270), Niterói (261), Belford Roxo (193), Campos dos Goytacazes (151), Magé (149), Itaboraí (145), Petrópolis (122), Mesquita (116), Macaé (97), Volta Redonda (96), Angra dos Reis (95), Nilópolis (95), Itaguaí (83), Maricá (68), Teresópolis (65) e Cabo Frio (59).Fonte  Agência Brasil .Foto Internet.


Impeachment: vice-governador conversa com deputados sobre saída de Witzel



 Ex-chefe de gabinete do deputado estadual Márcio Pacheco (PSC), o vice-governador Cláudio Castro circula com facilidade por corredores e salas do Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Na última terça-feira, porém, preferiu a discrição do centro administrativo da Casa, na Rua da Alfândega 8. Os cuidados com a privacidade encontram explicação no motivo da visita: Castro começou a negociar acordos com deputados, a serem honrados caso venha a assumir o governo fluminense com um possível impeachment de Wilson Witzel.

Oficialmente, as idas do vice à Alerj servem para “distensionar o ambiente”, de modo a reduzir o risco de impeachment e “tentar salvar o cara”, como gosta de repetir, mostrando sempre seu agradecimento pela confiança do governador desde as eleições de 2018. Mas não foi esse o tema do encontro de terça-feira com os deputados estadual Bruno Dauaire (PSC) e federal Wladimir Garotinho (PDS) no sexto andar do prédio da Alfândega.

Depois de rejeitar o convite de Witzel para ser líder do governo na Alerj, Dauaire cobrou apoio de Castro para se fortalecer no Norte Fluminense, especialmente em Campos dos Goytacazes, onde disputa espaço com os deputados João Peixoto (DC) e Rodrigo Bacellar (Solidariedade). Dauaire, que desistiu de defender Witzel na Casa após levar um pito do ex-governador Anthony Garotinho, que o apoia em Campos, quer que a máquina estadual o ajude em sua base eleitoral. Como o nome mais cotado para assumir a liderança na Alerj de um eventual governo de Cláudio Castro é o do deputado Márcio Pacheco, um de seus padrinhos políticos, Dauaire não nutre esperanças de ter esse papel.

Procurados, o vice Cláudio Castro e o deputado Bruno Dauaire não quiseram comentar o encontro.

Dossiês da inteligência

Como gosta de circular no ambiente político, Castro não consegue fugir de inevitáveis pedidos dos que apostam na sua investidura. Um deles já teria reivindicado uma secretaria. Tido como um personagem discreto, Castro é visto por parte dos deputados que apostam no impeachment como uma pessoa simpática, mas que ainda não deu provas de ter pulso para assumir um governo cercado de crises. Interlocutores do vice desconfiam que setores da área de inteligência estariam preparando dossiês contra Castro, especialmente com foco na Fundação Leão XIII, entidade assistencialista sob controle da vice-governadoria.

No ano passado, o Departamento de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD) da Secretaria de Polícia Civil promoveu, em parceria da Controladoria Geral do Estado (CGE) e do Ministério Público do Rio, a Operação Catarata, para cumprimento de sete mandados de prisão temporária e 19 de busca e apreensão com o objetivo de apurar a prática dos crimes de associação criminosa, fraudes licitatórias contra a administração pública, falsidade ideológica e crimes conexos envolvendo contratos da fundação.

A operação correspondeu a um dos poucos momentos no qual Castro abandonou o conhecido autocontrole para reclamar de gente do próprio governo. Para ele, a CGE, de onde partiram as informações para a Catarata, se preocupou muito mais em “fazer espetáculo” do que em agir tecnicamente.

Dias tensos

Os dias têm sido tensos para Castro. Ao mesmo tempo em que precisa demonstrar solidariedade ao governador, honrando o perfil de conselheiro discreto, o vice se esforça para transmitir confiança aos interlocutores. Além do desafio de superar a imagem de um político pouco expressivo, ele enfrenta um problema pessoal: uma gagueira que só dá trégua quando ele canta músicas religiosas — Castro, assim como Márcio Pacheco, é músico e evangelizador ligado ao movimento católico Canção Nova.

Advogado, de 41 anos, Castro, assim como Pacheco, teve no Detran-RJ, então comandado pelo hoje deputado Hugo Leal, o início da sua vida pública. Em 2004, foi chefe de gabinete de Pacheco na Câmara Municipal e depois o seguiu na Alerj, acumulando 12 anos na função. Com a ascensão política do padrinho e o desempenho como cantor, Castro se elegeu vereador em 2016. Dois anos depois, foi escolhido para compor a chapa com Wilson Witzel pelo interesse da campanha de atrair o apoio do ex-prefeito de Nova Iguaçu Nelson Bornier, um dos caciques do PSC de Castro.

No ano e meio de governo, procurou portar-se como um conselheiro de Witzel. Admite a amigos, contudo, que nem sempre é ouvido porque o governador prefere “agir como juiz”, deixando-se levar pelas próprias convicções.

No início do mês, os problemas de Castro aumentaram quando viu Pacheco ser denunciado pelo Ministério Público por prática de “rachadinha”. Um experiente deputado estadual, porém, garante que não há motivos para preocupações: “Ele não precisa fazer nada , o governo vai cair no colo dele”. Na música, “Nossa vitória”, uma parceria com Pacheco, Castro entoa que “o Senhor reservou uma vitória pra nós; nos ouviu do mais alto dos céus; Ele nos preparou pra batalha final”. Fonte Jornal Extra.Foto: Agência O Globo




quinta-feira, 16 de julho de 2020

TJ-RJ indefere pedido de Witzel para parar processo de impeachment na Alerj



O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) indeferiu nesta quarta-feira (15) o mandado de segurança do governador Wilson Witzel (PSC) para parar o processo de impeachment na Assembleia Legislativa fluminense (Alerj).

Witzel foi à Justiça contra Alerj alegando que a Casa cometeu ato "ilegal e violador de garantias fundamentais" no contexto do processo de impeachment aberto contra ele.

O desembargador Elton M. C. Leme indeferiu o mandado de segurança: Assim sendo, em sede de mero juízo de cognição sumária, por não vislumbrar no trâmite do procedimento deflagrado pela parte impetrada afronta à Constituição, à lei de regência e à inteligência dos precedentes do Supremo Tribunal Federal, não vislumbro, neste primeiro momento, os requisitos ensejadores do provimento liminar, nos termos do art. 7º, III, da Lei nº 12.016/2009, razão pela qual indefiro a liminar postulada".

Em nota, a defesa de Witzel disse que ainda está estudando as medidas que tomará após esta decisão de Justiça. "Vamos estudar as medidas que tomaremos com o indeferimento da liminar. Respeitamos e acatamos a decisão judicial, mas continuaremos com a tese de que a Alerj não observou por integral o direito de defesa do Governador".

O governador postou na quarta um vídeo em suas redes sociais em que garante não ser ladrão. “Não sou ladrão e não deixarei que corruptos e ladrões estejam no meu governo”, afirmou. “Sou preparado para guerra, seja no campo de batalha ou nos tribunais. Eu governo o RJ com ética e transparência para fazer o melhor pela população fluminense e não compactuo com qualquer desvio de conduta”, escreveu.

“Fui juiz federal por 17 anos. Na minha carreira, tive uma vida ilibada”, descreveu. “Todas essas acusações levianas que estão sendo feitas contra mim são por parte de gente que não quer um juiz governando o Estado do Rio de Janeiro”, pontuou no vídeo.

“Continuaremos combatendo a corrupção. Fui um juiz linha dura e isso, infelizmente, está incomodando muita gente ligada ao crime organizado e às máfias que atuam no estado. Por que será que alguns não querem um ex-juiz governando o estado?”, indagou.

O governador encerra o vídeo pedindo ao povo “que acredite”. “Nós vamos vencer essa guerra contra a corrupção.”

Investigação federal

O governador é investigado pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF) na Operação Placebo, sobre supostas fraudes em contratos na Saúde para a Covid-19, e enfrenta um processo de impeachment na Alerj, pelas mesmas razões.

Na terça-feira (14), o RJ2 mostrou que o ex-secretário Edmar Santos acertou uma delação que envolve Witzel. O acordo foi feito com a Procuradoria-Geral da República (PGR), mas ainda não foi homologado.

Edmar Santos prometeu entregar um conjunto de provas que revelariam a participação do governador Wilson Witzel no esquema que mandou para a cadeia a cúpula da Saúde no estado, incluindo o próprio ex-secretário.

Em 26 de maio, Witzel e sua mulher, Helena, foram alvos de mandados de busca e apreensão autorizados pelo ministro Benedito Gonçalves, do STJ.

A Operação Placebo investiga desde então os crimes de peculato, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Foto Internet


Fonte: g1.globo.com


Mega-Sena sorteia nesta quinta-feira prêmio de R$ 20 milhões


A Mega-Sena sorteia nesta quinta-feira (16) um prêmio de R$ 20 milhões. O sorteio das seis dezenas do concurso 2.280 será realizado a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário do Tietê, na cidade de São Paulo.

Este é o segundo sorteio da Mega-Semana de Inverno e, como o número final do concurso é zero, o prêmio recebe um adicional de 22%. O primeiro sorteio foi realizado na terça-feira (14) e uma aposta de São Paulo (SP) acertou as seis dezenas, recebendo o prêmio de R$  43.234.926,10.

As apostas do sorteio de hoje podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet. O volante, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50. 

De acordo com a Caixa, o valor do prêmio principal, caso aplicado na poupança, renderia mais de R$ 34 mil por mês.Fonte Agência Brasi

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Governador do Rio Wilson Witzel diz que determinou a quebra de sigilo de documentos da Secretaria de Saúde após denúncias de irregularidades



O acordo acertado pelo ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro Edmar Santos com a Procuradoria-Geral da República (PGR) para uma delação premiada envolve o governador Wilson Witzel e os casos de corrupção na Secretaria do Estado de Saúde. Nesta quarta-feira, dia 15, o governo divulgou uma nota onde cita que, desde que surgiram as primeiras denúncias de possíveis irregularidades nas compras emergenciais e contratos firmados pela SES, Witzel "determinou a imediata quebra de sigilo desses documentos e abriu sindicância para apurar o autor do pedido de sigilo".

Na mesma nota, o governo ainda afirma que "o papel da imprensa é mesmo o de fiscalizar" o que acontece com recursos públicos.

"Witzel reitera também que, nesse sentido, sua administração foi pioneira ao adotar, no Rio de Janeiro, o SEI (Sistema Eletrônico de Informações), onde são lançados todos os contratos e pagamentos do governo do Estado do Rio de Janeiro. Witzel tem ainda a convicção de que o papel da imprensa é mesmo o de fiscalizar e acompanhar tudo o que está sendo feito com recursos públicos", diz a nota.

Em entrevista ao EXTRA, Witzel disse estar "tranquilo" em relação à delação do ex-secretário de Saúde Edmar Santos, que, segundo a colunista Bela Megale, entrega informações sobre corrupção na pasta envolvendo o governador.

Se ele falou no meu nome, está mentindo. Não há a menor possibilidade de ele ter prova contra mim de ato ilícito. Estamos no início do processo criminal, e o que a Justiça tem feito tem que ser respeitado. Tem muita coisa mal explicada, como de onde veio o dinheiro (R$ 8 milhões em espécie encontrados durante a operação do Ministério Público estadual na qual o ex-secretário foi preso, na sexta-feira da semana passada) — disse Witzel, por telefone.

Edmar Santos foi secretário de Saúde do início do governo Witzel, em janeiro de 2019, até 17 de maio desse ano, quando foi afastado após surgirem as primeiras denúncias de corrupção na pasta. Mas, um dia depois, ele virou secretário extraordinário para Acompanhamento da Covid-19, cargo que até então não existia. Em 28 de maio, ele se exonerou após a Justiça suspender sua nomeação.

o ex-secretário, que está na Unidade Prisional da PM em Niterói, é acusado pelo Ministério Público de ser chefe de uma organização criminosa que atuava na secretaria de Saúde. Segundo as investigações, Santos e outros funcionários da pasta superfaturaram contratos de compra de respiradores para pacientes com Covid-19.

Witzel também é investigado pela compra dos respiradores, mas no STJ. A PGR já pediu que o STJ fique responsável por todos os processos relativos às fraudes na saúde no governo do Rio.

Veja o comunicado do governo Witzel na íntegra:

"O governador Wilson Witzel esclarece que, desde que surgiram as primeiras denúncias de possíveis irregularidades nas compras emergenciais e contratos firmados pela Secretaria de Estado de Saúde, determinou a imediata quebra de sigilo desses documentos e abriu sindicância para apurar o autor do pedido de sigilo.

Witzel reitera também que, nesse sentido, sua administração foi pioneira ao adotar, no Rio de Janeiro, o SEI (Sistema Eletrônico de Informações), onde são lançados todos os contratos e pagamentos do governo do Estado do Rio de Janeiro. Witzel tem ainda a convicção de que o papel da imprensa é mesmo o de fiscalizar e acompanhar tudo o que está sendo feito com recursos públicos".Fonte Jornal Extra.Foto internet.

ANS decide se testes para covid-19 continuam obrigatórios


A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decide na próxima reunião de diretoria, marcada para amanhã (16), se o teste para detecção de covid-19 continua no rol de procedimentos obrigatórios dos planos de saúde. Os exames foram incluídos no dia 29 de junho, por causa de uma decisão judicial.

A liminar, no entanto, foi derrubada pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), a pedido da própria ANS. A agência informou que entrou com o recurso porque há risco para os beneficiários quando se incorporam novas tecnologias sem uma devida análise criteriosa.

“Estudos e análises de diversas sociedades médicas e de medicina diagnóstica mostram controvérsias técnicas em relação aos resultados desse tipo de exame e a possibilidade de ocorrência de alto percentual de falso-negativo. Suscitam dúvidas também quanto ao uso desses exames para o controle epidemiológico da covid-19. A decisão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, portanto, visa a proteger os indivíduos e promover a saúde pública num cenário ainda incerto em relação à pandemia”, diz nota da ANS.

A agência informou que, independentemente das decisões judiciais, já faz avaliações técnicas sobre a incorporação de testes sorológicos para o novo coronavírus no rol de procedimentos.

Enquanto a diretoria colegiada da ANS não decide sobre o assunto, os testes IgA, IgC e IgM continuam obrigatórios em algumas situações clínicas, como gripe com quadro respiratório agudo (com febre, tosse, dor de garanta, coriza ou dificuldade respiratória) e síndrome respiratória aguda grave (dificuldade para respirar, pressão persistente no tórax, saturação de oxigênio menor que 95% em ar ambiente ou coloração azulada nos lábios e rosto).Fonte  Agência Brasil

O Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do bairro Vinhosa é alvo furto



O Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do bairro Vinhosa localizado na Travessa Eliane Montevani, foi alvo de furto. Logo pela manhã desta terça-feira (14), o coordenador social observou que a janela havia sido danificada. Depois, constatou ter sido furtado o notebook, de propriedade da Prefeitura Municipal de Itaperuna. O prédio público ficou preservado pela Guarda Municipal até ser realizada perícia.Da Redação da Tribuna Itaperunense com informações da Rádio Itaperuna 96.9 FM/Foto Redes Sociais.

terça-feira, 14 de julho de 2020

Itaperuna é manchete Nacional /Defasagem de números de Covid 19 em Itaperuna põe em xeque dados no Estado do Rio


O atual cenário da pandemia do novo coronavírus no Brasil ainda é uma realidade a ser compreendida. No Estado do Rio, por exemplo, são 132.044 casos confirmados e 11.474 óbitos em decorrência da doença. Apesar dos números serem atualizados diariamente, a subnotificação pode significar, segundo especialistas, entre dez e quinze vezes mais casos com a doença. Ainda não há testes realizados para todos.

Em Itaperuna, no Noroeste Fluminense, os dados atualizados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) mostram que o município ocupa a 19ª posição no estado, com 1.025 casos e apenas uma morte registrada até ontem.

Mas a informação oficial do estado vai em desencontro à última atualização do próprio município. Dados da prefeitura mostram que Itaperuna está com um histórico de 1.200 casos positivos. Nesses quase quatro meses de pandemia, foram contabilizados 31 óbitos por covid-19 na cidade.

Segundo nota da Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SVS), "divergências entre a Secretaria Estadual de Saúde e os municípios ocorrem quando não há notificação adequada", mas que, nesses casos, a SVS entra em contato para regularização. Sobre o caso específico de Itaperuna, a SVS só esclareceu que as informações foram coletadas no sábado, apesar de o único óbito constar há semanas no relatório estadual, enquanto nos números da prefeitura a segunda morte tenha sido registrada no dia 21 de maio e, desde então, vem só aumentando.

A confusão dos dados causa indignação entre a população do município. "O estado diz que o município tem apenas uma morte por covid? Só se for uma morte por família. A situação em nossa cidade é bem alarmante e preocupante", reclama uma moradora do bairro Capelinha.

Além das unidades administradas pela prefeitura, o combate à covid-19 na cidade conta com o apoio de uma unidade particular, o Hospital São José do Avaí, que atende pelo SUS.

A crise financeira que atinge a Saúde estadual põe em xeque o atendimento na unidade. No mês passado, a direção do hospital ameaçou paralisar o atendimento do SUS por conta da falta de repasse do governo do Rio. O governo do estado deve mais de R$ 28 milhões em repasses, mas anteontem o prefeito de Itaperuna, Marcus Vinicius, usou as redes sociais para informar que o estado havia repassado de R$ 11 milhões para o HSJA. Fonte Jornal O Dia.

Gilmar Mendes diz não ter atingido honra das Forças Armadas


O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse hoje (14) que respeita as Forças Armadas, embora tenha criticado a formulação de políticas públicas de saúde por militares, em meio à pandemia de covid-19.

“Ao tempo em que reafirmo o respeito às Forças Armadas brasileiras, conclamo que se faça uma interpretação cautelosa do momento atual”, escreveu Mendes, em nota. “Vivemos um ponto de inflexão na nossa história republicana em que, além do espírito de solidariedade, devemos nos cercar de um juízo crítico sobre o papel atribuído às instituições de Estado no enfrentamento da maior crise sanitária e social do nosso tempo”, acrescentou o ministro.

Ontem (13), o Ministério da Defesa também divulgou nota em que afirmou o empenho de Exército, Marinha e Força Aérea Brasileira (FAB) em preservar vidas durante a pandemia. O comunicado da Defesa foi motivado por um comentário feito no sábado (11) por Gilmar Mendes. Em uma videoconferência, ele disse que o “Exército se associou a um genocídio”, numa referência ao trabalho de militares no Ministério da Saúde.

No comunicado, a Defesa afirmou que a acusação é grave e que enviaria à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma representação para adoção das medidas cabíveis a respeito das declarações do ministro.

Nesta terça-feira (14), Mendes disse não ter atingido a honra de Exército, Marinha e FAB, e que nem mesmo citou estas duas últimas em seu comentário. “Apenas refutei e novamente refuto a decisão de se recrutarem militares para a formulação e execução de uma política de saúde que não tem se mostrado eficaz para evitar a morte de milhares de brasileiros”, escreveu o ministro.

Leia a íntegra da nota do ministro:

“Ao tempo em que reafirmo o respeito às Forças Armadas brasileiras, conclamo que se faça uma interpretação cautelosa do momento atual. Vivemos um ponto de inflexão na nossa história  republicana em que, além do espírito de solidariedade, devemos nos cercar de um juízo crítico sobre o papel atribuído às instituições de Estado no enfrentamento da maior crise sanitária e social do nosso tempo.

Em manifestação recente, destaquei que as Forças Armadas estão, ainda que involuntariamente, sendo chamadas a cumprir missão avessa ao seu importante papel enquanto instituição permanente de Estado.

Nenhum analista atento da situação atual do Brasil teria como deixar de se preocupar com o rumo das nossas políticas públicas de saúde. Estamos vivendo uma crise aguda no número de mortes pela covid-19, que já somam mais de 72 mil. Em um contexto como esse, a substituição de técnicos por militares nos postos-chave do Ministério da Saúde deixa de ser um apelo à excepcionalidade e extrapola a missão institucional das Forças Armadas.

Reforço, mais uma vez, que não atingi a honra do Exército, da Marinha ou da Aeronáutica. Aliás, as duas últimas nem sequer foram por mim mencionadas. Apenas refutei e novamente refuto a decisão de se recrutarem militares para a formulação e execução de uma política de saúde que não tem se mostrado eficaz para evitar a morte de milhares de brasileiros”. Fonte  Agência Brasil


segunda-feira, 13 de julho de 2020

Estatuto da Criança e do Adolescente completa 30 anos


No Brasil de 1990, uma em cada cinco crianças e adolescentes estava fora da escola, e uma em cada dez, entre 10 e 18 anos, não estava alfabetizada. A cada mil bebês nascidos vivos no país naquele ano, quase 50 não chegavam a completar um ano, e quase 8 milhões de crianças e adolescentes de até 15 anos eram submetidas ao trabalho infantil.

Para pesquisadores e defensores dos direitos dessa população, o país deu um passo importante para mudar esse cenário naquele ano, quando foi publicado o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que completa 30 anos hoje (13).

Passadas três décadas, o percentual de crianças e adolescentes fora da escola caiu de 20% para 4,2%, a mortalidade infantil chegou a 12,4 por mil, e o trabalho infantil deixou de ser uma realidade para 5,7 milhões de crianças e adolescentes.

O estatuto considerado parte desses avanços é fruto de um tempo em que a concepção sobre os direitos das crianças e adolescentes mudou no país e no mundo. O coordenador do Programa de Cidadania dos Adolescentes do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Mario Volpi, conta que o Brasil participou ativamente das discussões internacionais que culminaram, em 1989, na Convenção Sobre os Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas (ONU), assinada por 196 países.

Mesmo antes de esse acordo ter sido ratificado no Brasil, em 1990, os conceitos debatidos na ONU contribuíram para a inclusão do Artigo 227 na Constituição Federal de 1988. A partir dele, tornou-se "dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão".

Aprovado dois anos depois da Constituição, o ECA parte do Artigo 227 e consolida todo o debate que o antecedeu, declarando crianças e adolescentes sujeitos de direito, aos quais devem ser garantidas a proteção integral e as oportunidades de desenvolvimento em condições de liberdade e de dignidade.

"Foi um processo muito complementar. Em 1988, a Constituição. Em 1989, a Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU. E, em 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente. Existe um alinhamento conceitual bastante coerente nesses três documentos jurídicos que estabeleceram essa mudança bastante radical na forma como a infância passa a ser vista pelo país", explica Volpi. "O ECA é considerado uma das melhores leis nacionais que traduzem a Convenção sobre os Direitos da Criança, e foi usado como referência para a maioria dos países latino americanos, uma referência histórica".

A mudança conceitual destacada pelo coordenador do Unicef se dá em relação ao Código de Menores, de 1979. Volpi explica que o texto anterior, revogado pelo ECA, estava inteiramente concentrado na repressão a crianças e adolescentes em situações irregulares, como crianças órfãs, pobres, em situação de rua ou em conflito com a lei.

"Existia uma visão de que, para toda a situação de irregularidade nas pessoas menores de idade, deveria haver uma ação repressiva do Estado para proteger a sociedade", resgata Volpi. "Criou-se essa divisão entre as pessoas com menos de 18 anos conhecidas como crianças e adolescentes, porque estavam em situação de normalidade, e as que eram chamadas de menores, que era como se referiam a uma criança pobre, desvalida. Ninguém dizia que tinha em casa dois menores, dizia que tinha duas crianças ou dois filhos. Mas, quando se referiam às famílias das crianças mais pobres, diziam que a família tinha dois menores".

Medidas socioeducativas

Ao substituir o Código de Menores na legislação brasileira, o Estatuto da Criança e do Adolescente mudou a Doutrina da Situação Irregular para a Doutrina da Proteção Integral, que distribui a toda a sociedade a responsabilidade por assegurar os direitos das crianças e adolescentes com prioridade absoluta, citando explicitamente que esse é um "dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público".

A mudança produziu transformações, mas não apagou a mentalidade enraizada no Código de Menores. "Não fizemos ainda uma total mudança das práticas sociais. A lei veio trazendo novas visões, mas a prática social demora muito mais para mudar do que a lei. Nesses 30 anos, houve um grande trabalho de divulgação da lei, de conhecimento, de aplicação, de mudanças positivas, mas existe uma parcela da sociedade que resiste em entender esse conceito de infância como um sujeito de direito", avalia Volpi, que usa como exemplo o sistema de medidas socioeducativas para crianças e adolescentes em conflito com a lei, apesar de ponderar que há boas experiências no país.

"O país não fez ainda um investimento significativo para transformar o que era esse sistema penal de crianças e adolescentes em um sistema educativo", afirma ele, que lembra que o objetivo das medidas socioeducativas é afastar das práticas criminais os cerca de 26 mil adolescentes que cumprem medidas socioeducativas atualmente no país, e que, para isso, precisam melhorar sua escolaridade, capacitação profissional e seu modo de se relacionar e respeitar outras pessoas. "O sistema socioeducativo está muito focado em punir os adolescentes pelo ato cometido, mas essa é só uma dimensão".

Para o coordenador da Infância e Juventude da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, Rodrigo Azambuja, o ECA sofreu duas crises, ao longo de seus 30 anos: uma de implementação de suas políticas por parte dos governos e outra de interpretação de suas regras por parte dos juristas e da Justiça, de modo a sonegar direitos.

Azambuja também é coordenador da Comissão Especializada de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Conselho Nacional dos Defensores Públicos-Gerais (Condege) e contesta a ideia de que as medidas socioeducativas são insuficientes porque têm menor duração temporal.

"Nas questões policiais, o ECA muitas vezes é visto como sinômimo de impunidade. Mas as pessoas que falam isso são adultas, e não se lembram de como o tempo é relativo e passa de maneira diferente para as crianças e adolescentes. Se você se imaginar com 12, 13 ou 14 anos, longe da sua mãe e preso, o quão infernal isso poderia ser? Esses meninos são bem responsabilizados, mas isso adequado à realidade e idade deles".

Apesar das dificuldades, o ECA também serviu de instrumento para reivindicar direitos para esses adolescentes, lembra ele, citando a decisão do Supremo Tribunal Federal que obrigou, no ano passado, o estado do Rio de Janeiro a soltar adolescentes apreendidos em unidades superlotadas, até que se atingisse a lotação máxima de 119% da capacidade de internos. Azambuja também cita que, durante a pandemia de covid-19, a Defensoria Pública do Rio de Janeiro cobrou que o governo do estado garantisse educação à distância aos adolescentes apreendidos e videochamadas com as famílias.

"As unidades deveriam se assemelhar a escolas, mas ainda vemos esses espaços como pequenas prisões, com todos os malefícios que isso gera, como uma subcultura criminal, incutindo neles o ideal de que são perigosos, prisioneiros, e moldando a personalidade deles de acordo com essa ideia, o que contraria toda a lógica do Estatuto da Criança e do Adolescente", analisa o defensor.Fonte Agência Brasil.

PM apreende drogas no quintal de residência em Itaperuna



Militares do 29º BPM aprenderam no final da manhã deste sábado (11), grande quantidade de entorpecente, no bairro São Francisco, Itaperuna. Guiados por denúncia anônima, os agentes chegaram até a residência do envolvido de 21 anos, que não estava, na Rua Candido Fontes, encontrando escondidos no quintal, 523 pinos e 60 papelotes de cocaína, além de material para endolação. O envolvido não encontrado foi indiciado na 143ª DP, que registrou.Da redação da Tribuna Itaperunense com informações da Rádio Natividade.

sexta-feira, 10 de julho de 2020

Ex-deputado Alfredo Sirkis morre no Rio em acidente de trânsito


O ex-deputado federal Alfredo Sirkis morreu na tarde desta sexta-feira (10), em acidente de carro, no Arco Metropolitano, em Nova Iguaçu. Ele estava sozinho no veículo, que bateu em um poste e capotou. Sirkis estava a caminho de um sítio para se encontrar com a mãe e um dos filhos.

"Arrasado. Devastado", se pronunciou Carlos Minc, um de seus amigos de muitos anos.Fonte Jornal O Dia.

Prova de vida de aposentados e pensionistas é suspensa até setembro


O recadastramento anual de aposentados, pensionistas e anistiados políticos está suspenso até 30 de setembro para evitar contaminações por covid-19. O prazo, que acabaria no próximo dia 16, foi prorrogado por causa da pandemia.

A instrução normativa do Ministério da Economia com o adiamento foi publicada na quarta-feira (8) no Diário Oficial da União. As visitas técnicas para comprovação de vida, interrompidas desde março, também continuam suspensas.

Segundo a Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal do Ministério da Economia, cerca de 700 mil pessoas serão afetadas pelo adiamento. A instrução normativa esclarece que a suspensão não prejudica o pagamento dos benefícios aos aposentados, pensionistas e anistiados.

Realizada todos os anos no mês de aniversário do beneficiário, a comprovação de vida é exigida para a manutenção do pagamento do benefício. A prova de vida exige o comparecimento do segurado ou de algum representante legal ou voluntário à instituição bancária onde saca o benefício.

Desde agosto do ano passado, o procedimento pode ser feito por meio do aplicativo Meu INSS ou pelo site do órgão por beneficiários com mais de 80 anos ou com restrições de mobilidade. A comprovação da dificuldade de locomoção exige atestado ou declaração médica. Nesse caso, todos os documentos são anexados e enviados eletronicamente.Fonte  Agência Brasil .

MP prende ex-secretário de Saúde do Rio Edmar Santos



O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) prendeu hoje (10) o ex-secretário estadual de Saúde fluminense Edmar Santos. Ele é suspeito de integrar uma organização criminosa que fraudou contratos de compra de respiradores pulmonares, que são usados em pacientes com covid-19.

De acordo com o MP, ele foi preso em sua casa, em Botafogo, na zona sul da cidade. Também estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em outra casa do ex-secretário, em Itaipava, na região serrana do Rio de Janeiro.

A ação de hoje é um desdobramento da Operação Mercadores do Caos, sobre fraudes em contratos da Secretaria Estadual de Saúde, que já tinha resultado na prisão do ex-subsecretário executivo Gabriell Neves, no início de maio deste ano.

Dias depois da prisão de Neves, ainda em maio, Edmar Santos foi exonerado do cargo de secretário estadual de Saúde.

De acordo com o MPRJ, também foi obtido junto à Justiça o arresto de R$ 36,9 milhões em bens de Edmar Santos, que seria o valor desviado em três contratos para a compra dos equipamentos médicos.

Segundo o MPRJ, Edmar Santos atuou de forma consciente, “em comunhão de ações e desígnios” com Neves e outros investigados na primeira fase da operação Mercadores do Caos, para desviar recursos públicos destinados à compra de ventiladores pulmonares.

Para o MPRJ, em liberdade, Edmar ainda pode adotar condutas para dificultar mais o rastreamento das verbas públicas desviadas, bem como destruir provas e até mesmo ameaçar testemunhas.

O ex-secretário responderá por organização criminosa e peculato, que é apropriar-se de bens ou recursos públicos em função de seu cargo.Fonte Agência Brasil/ Foto rede sociais.

quinta-feira, 9 de julho de 2020

Governador Wilson Witzel deve prestar depoimento na Polícia Federal nesta quinta-feira



 O governador do Estado do Rio, Wilson Witzel (PSC), deve prestar depoimento à Polícia Federal na manhã desta quinta-feira na sede da Polícia Federal no Rio, na Praça Mauá. Ele será ouvido sobre a suspeita de corrupção na área de saúde em contratos emergenciais durante a pandemia do coronavírus.

Em 26 de maio, a PF realizou a Operação Placebo, que investiga desvios na área da saúde do estado durante a pandemia do novo coronavírus. Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em 11 endereços residenciais e comerciais do Rio e de São Paulo, dentre eles o Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador Wilson Witzel (PSC), na Zona Sul do Rio.

Também foram realizados mandados na antiga residência de Witzel, no Grajaú, na Zona Norte e no escritório de advocacia da primeira-dama, Helena Witzel.

De acordo com a investigação, há um esquema de corrupção envolvendo a organização social Instituto de Atenção Básica e Atenção à Saúde (Iabas), contratada para a instalação de hospitais de campanha, e agentes públicos, incluindo gestores da Secretaria estadual de Saúde, responsáveis pelo processo de compra. Contratada para fornecer o material necessário para o funcionamento das unidades, a Iabas teria fraudado documentos e superfaturado o valor dos insumos.

Nesta quinta também inicia a contagem do prazo para que ele apresente a sua defesa no processo de impeachment aberto pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Na agenda oficial do governador, há um compromisso marcado para às 10h desta quinta-feira. Haverá uma entrega simbólica de cheques a produtores rurais beneficiados pelo Agrofundo no período da pandemia, em Nova Friburgo, junto ao secretário de Estado de Agricultura, Marcelo Queiroz.Fonte Jornal O Dia.

A Secretaria Municipal de Saúde de Itaperuna informa que o município tem 358 casos confirmados ainda ativos de covid-19



 A Secretaria Municipal de Saúde de Itaperuna informou através de boletim divulgado  na noite desta quarta-feira, 8, o número de óbitos por covid-19 no município que se manteve em 29 nas últimas horas, além de três casos em investigação


quarta-feira, 8 de julho de 2020

Armas e munições são apreendidas pela Polícia Militar em Pádua



A Polícia Militar frustou uma nova tentativa de confronto entre facções em Pádua na manhã desta quarta-feira (08). Mais uma vez, traficantes de uma facção rival tentaram invadir a Cidade Nova, um dos bairros mais populosos.

   O 36º Batalhão da PM mobilizou três guarnições. Os policiais apreenderam uma pistola calibre 9mm, um revólver de calibre 38, munições, aparelhos celulares, farda camuflada e latas de tinta spray, que seriam usadas em pichações para demarcar o bairro com siglas de facção.

   Seis suspeitos foram encaminhados à 136ª Delegacia Legal do município. A Polícia Civil apura o caso.

Clima de tensão

   Na semana passada, cinco suspeitos foram detidos e quatro armas apreendidas em um confronto entre traficantes na Cidade Nova. A facção que domina a São João Batista estaria tentando invadir a Cidade Nova, dominada por facção rival. Nesta semana, uma casa foi incendiada por elementos ligados ao tráfico na Cidade Nova.Da Redação da Tribuna Itaperunense com informações da Folha Itaocarense/Foto: Divulgação/ PMERJ.

Recuperados da Covid-19 mantêm cuidados mesmo após infecção



O Brasil têm, de acordo com dados do Ministério da Saúde, quase 1 milhão de recuperados da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Para alguns, o fato de já ter tido a doença é motivo para relaxar e não seguir à risca as recomendações para evitar o contágio. Para outros, a rotina de cuidados não mudou e inclusive ficou maior.

Segundo especialistas, não há evidências científicas de que quem contraiu a covid-19 não vá se contaminar de novo. Além disso, por ser uma doença nova, os efeitos do vírus a médio e longo prazo não são totalmente conhecidos. Quem teve a infecção pode ainda apresentar eventuais complicações.

“Eu estou bem mais medroso, mais receoso. Se eu lavava minha mão antes, agora lavo duas vezes mais. Higienizo as coisas que trago da rua. O cuidado aumentou depois que passei pela doença e sei como é”, conta o farmacêutico Marcus Túlio Batista, 27 anos. Ele começou a sentir os sintomas no dia 14 de junho. Teve dor de garganta, perda de olfato e paladar, indisposição e dores no corpo.

“Quando você pega, vê que a doença vai além do físico. Eu acho que talvez o emocional seja até muito mais abalado”, diz e complementa: “Eu moro sozinho em Brasília. Minha família é de outro estado. Isso me causou bastante impacto porque além do isolamento, você tem medo de como vai evoluir, não sabe como o seu corpo vai lidar com isso. Eu fiquei bastante ansioso”, conta.

Na casa da artista plástica e produtora cultural Leticia Tandeta, 59 anos, no Rio de Janeiro, quase todos foram infectados em meados de maio. Ela, o marido, o filho e o irmão. “Ficamos praticamente todos doentes ao mesmo tempo. A sorte foi que todos tivemos sintomas brandos, ninguém teve falta de ar ou uma febre absurdamente alta”, diz. A única que não adoeceu foi a mãe de Leticia, que tem 93 anos. A família tomou o cuidado de isolá-la e de separar tudo que era usado por ela.

“Hoje é estranho porque não sabemos se estamos imunizados ou não”, diz Leticia. “Os médicos dizem que provavelmente temos algum tipo de imunização, talvez de um mês, dois meses, três”. Por causa das incertezas, ela diz que a família continua tomando cuidados como sair de casa o mínimo possível, apenas quando necessário, usando sempre máscara. Já ter contraído a doença, no entanto, traz um certo tipo de relaxamento: “Não é que a gente relaxe nos cuidados, mas há um certo relaxamento interno sim”.

De acordo com o infectologista Leonardo Weissmann, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, mesmo quem já teve a doença deve continuar tomando cuidado. “Não temos certeza, por enquanto, de que quem teve covid-19 uma vez não terá novamente. É importante que quem já teve a doença continue se prevenindo. Continue com as medidas preventivas, usando máscaras, higienizando as mãos e evitando aglomeração”.

As pessoas que já foram infectadas, de acordo com Weissmann, assim como as demais, podem ajudar a propagar o vírus caso não tomem os devidos cuidados. “Mesmo a pessoa que não estiver infectada, se ela puser a mão em um lugar contaminado, ela pode carregar o vírus. Por isso é importante estar sempre higienizando as mãos, lavando com água e sabão ou com álcool 70%”, orienta.

Síndrome da Fadiga Crônica

Em março, a psicóloga Joanna Franco, 37 anos, teve dores no corpo, tosse seca, dor de cabeça, febre alta, dificuldade de respirar, perda de olfato e paladar, diarreia e vômito. Na época que recebeu o diagnóstico clínico de covid-19, o Brasil começava a adotar medidas de isolamento social. Morando sozinha em Niterói, ela cumpriu todas as regras de quarentena e de isolamento social. Os sintomas passaram. Para garantir que não transmitiria o vírus para ninguém, ela ainda permaneceu em isolamento por cerca de 40 dias. Foi então que percebeu que não estava totalmente recuperada, estava muito cansada. “Vinha um cansaço, parecendo que eu tinha subido ladeiras, uma sensação de que isso nunca ia acabar, que não ia sair de mim. Fiquei bem prostrada”.

Quase três meses depois, ela diz que se sente melhor, que está conseguindo retomar uma rotina de exercícios físicos, que antes eram impossíveis. Depois de passar pelo que passou, ela redobrou todos os cuidados que já vinha tendo. “Depois de ter passado, não quero vivenciar isso de novo e não quero que outras pessoas vivenciem”, diz.

O cansaço que Joanna sentiu após se recuperar da doença pode ter sido a chamada Síndrome da Fadiga Crônica, que tem sido relatada por pessoas que foram contaminadas pela covid-19, segundo o neurologista, pesquisador do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) e da Universidade Federal Fluminense (UFF), Gabriel de Freitas. O principal sintoma é o cansaço, mas pode haver alteração na pressão, na frequência cardíaca e insônia. “O que predomina é a  fadiga, o cansaço. A pessoa não consegue trabalhar, não consegue voltar à atividade”, afirma.

A síndrome não é exclusiva do novo coronavírus, mas ocorre também por causa de outros vírus. Ela pode durar até cerca de um ano, é mais frequente em mulheres entre 40 e 50 anos e que tiveram covid-19 pelo menos de forma moderada. Mas, de acordo com Freitas, ainda há muitas dúvidas pelo fato de ser uma doença recente. Para o tratamento, geralmente é recomendada psicoterapia, atividades físicas, antivirais e antidepressivos.

“Essa síndrome traz uma angústia muito grande para as pessoas porque fadiga não é um sintoma mensurável. Não se consegue mensurar por exame. Muitas vezes é mal compreendido”.

Gabriel diz que a pandemia pode ser mais complexa do que se pensa e defende que todos os cuidados possíveis sejam adotados. “Parece que não é estar recuperado e ponto final. Talvez essas pessoas tenham mais sintomas. A Síndrome da Fadiga Crônica pode ser apenas um deles. Acho que a gente não tem essa informação. É possível que existam complicações a médio e a longo prazo. O que alguns autores colocam é que as medidas de isolamento social são importantes não só para evitar a morte. A gente tem que levar em consideração e colocar nessa equação as complicações a médio e longo prazos”.

Medo e ansiedade

Além de lidar com os sintomas da covid-19 e com as consequências da doença, muitas pessoas estão lidando com sintomas de ansiedade, de acordo com a psicóloga da equipe de coordenação de saúde do trabalhador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Marta Montenegro. “A covid-19 é uma doença muito nova, recente, um vírus cujas informações foram se construindo nesse processo de pandemia. Os próprios profissionais de saúde estavam tentando entender as formas de cuidado e isso deixa as pessoas muito inseguras. O ser humano se sente mais seguro se tiver previsibilidade do que vai acontecer. Essa incerteza sobre formas de contaminação, se pode ou não se contaminar de novo, deixa as pessoas vulneráveis”, explica.

De acordo com a psicóloga, buscar informações confiáveis ajuda a lidar melhor com a pandemia. “Buscar informação válida, de fontes confiáveis. Isso alivia sintomas emocionais. Às vezes, as pessoas estão em casa recebendo informações que nem sempre são as melhores e  acabam ficando muito confusas. Depois de três meses, acham que só estão protegidas dessa forma. Isso acaba gerando um medo de sair de casa. No outro extremo, há pessoas saindo como se não tivessem o vírus, em um processo de negação por dificuldade de lidar com a situação. São dois extremos. Existe o vírus. É necessário manter medidas de biossegurança, mas isso não pode paralisar as pessoas”, acrescenta. .Fonte Agência Brasil/Edição: Graça Adjuto