sábado, 30 de janeiro de 2021

Justiça determina bloqueio de bens do ex-prefeito de Itaperuna e esposa por suspeita de superfaturamento na compra de alimentos

 


A Justiça do RJ determinou o bloqueio de R$ 2,6 milhões da Organização Social Unir Saúde e de outros acusados de fraudes e superfaturamento em um contrato público da Prefeitura de Itaperuna, no Noroeste Fluminense. Essa organização social está envolvida no processo de impeachment contra o governador afastado Wilson Witzel.


Witzel é acusado de crime de responsabilidade por ter requalificado a Unir Saúde, que até então estava proibida de fechar contratos com o estado do Rio por diversas irregularidades. A lista de produtos comprados para a população de Itaperuna, em dezembro de 2017, inclui diversos itens, como refrigerante, carne, biscoito e frutas.


Para o Ministério Público, essa tabela é a prova da corrupção. Os investigadores afirmam que tudo isso foi superfaturado, em até 500%, pela organização social Unir Saúde, que tinha um contrato com a Prefeitura na área da Assitência Social.


Cada garrafa de refrigerante de dois litros, por exemplo, custou R$ 11,92 aos cofres públicos. Na época, o preço de mercado era R$ 3,99. Um superfaturamento de quase 200%. Até a compra de melancia levantou suspeita. Depois de um pedido de 35 unidades feito pela secretaria de Assistência Social, a Unir Saúde apresentou uma nota fiscal com o valor de 416 melancias.


Área de atuação


Pelo contrato assinado com a Prefeitura, a organização deveria administrar alguns centros de assistência social, mesmo sem nunca ter atuado nessa área. Como sugere o próprio nome, até então, a Unir Saúde fazia a gestão de hospitais e unidades de pronto atendimento de prefeituras e do Governo do Estado. Entre 2017 e 2018, a organização recebeu da Prefeitura de Itaperuna cerca de R$ 2,6 milhões.


O Ministério Público concluiu que a unir agiu de má-fé, “visando o enriquecimento ilícito, ao não fornecer adequadamente o serviço contratado e ao cobrar do município por produtos superfaturados e por serviços não prestados”.


 Demais envolvidos


Além da Organização Social, viraram réus por improbidade o ex-prefeito de Itaperuna doutor Marcus Vinícius e a mulher dele, Camila Andrade Pires, que era secretária de assistência social. Outra acusada nesse processo é Andrea Baptista, ex-coordenadora da Unir Saúde. Atualmente, ela é presidente da Fundação Leão XIII, do Governo do Estado do Rio de Janeiro.


Nesse mês, a Justiça determinou o bloqueio dos bens até o valor de R$ 2,6 milhões Unir Saúde e dos outros envolvidos nesse processo de contratação. Nessa mesma decisão, o juiz do caso quebrou o sigilo bancário do ex-prefeito, doutor Marcus Vinícius, e da ex-primeira dama. Antes de ser reabilitada pelo governador, a Unir estava proibida de fechar contratos públicos por diversas irregularidades apontadas pela secretaria estadual de Saúde.


O Ministério Público Federal afirma que a organização é ligada ao empresário Mário Peixoto, preso no ano passado acusado de comandar um esquema de corrupção. O interrogatório de Wilson Witzel no tribunal que julga o processo de impeachment ainda não tem data marcada.


O que dizem os acusados


Em nota, a defesa de Wilson Witzel disse que o governador afastado nunca negociou qualquer decisão judicial ou administrativa. Witzel disse que a recondução da Unir foi pautada em critérios técnicos e, quando o governador soube de irregularidades na Saúde, tomou todas as providências para afastar os envolvidos.


A defesa de Mário Peixoto disse que o empresário não é e nunca foi sócio, direto ou oculto, do Instituto Unir. Em nota, a defesa da ex-coordenadora da Unir Saúde e atual presidente da Leão XIII, Andrea Baptista, disse que vai pedir a exclusão de Andréa do processo. Os advogados alegam que ela era coordenadora técnica de assistência social e não tinha atuado em prestação de contas nem nas decisões administrativas e financeiras da Organização.


A defesa do ex-prefeito de Itaperuna, Dr. Marcus Vinícius, e da ex-primeira dama, Camila Andrade Pires, não responderam ao contato, até a última atualização desta matéria.


Da redação/G1./Foto internet.

Dois homens sofrem ferimentos provocados por faca


Dois homens sofreram ferimentos provocados por uma faca após desentendimento ocorrido na noite desta quinta-feira (28) em Retiro do Muriaé, distrito de Itaperuna. PMs se depararam com o morador de 36 anos caído com ferimento no lado esquerdo do pescoço e no ombro direito. Visivelmente embriagado, o ferido não soube explicar aos policiais o que havia acontecido.

Uma testemunha contou que dois homens se desentenderam, um deles pegou uma faca, o outro tentou pegar o utensílio e ambos sofreram ferimentos. O outro envolvido sofreu corte na mão direita. Uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar encaminhou um dos feridos ao Hospital São José do Avaí e o outro à Unidade de Pronto Atendimento (UPA).A lesão corporal mútua foi registrada na 143ª DP. Os dois homens responderão ao processo em liberdade.Da Redação da Tribuna Itaperunense com informações da Rádio Itaperuna 96,9 FM. Foto arquivo Tribuna Itaperunense.