quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Greve dos peritos do INSS completa 103 dias sem acordo com o governo


A greve dos médicos peritos do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), em todo o Brasil, já dura 103 dias, sem previsão de acordo com o Governo Federal. O órgão estima que mais de um milhão de perícias não tenham sido realizadas desde o início da paralisação (em 4 de setembro). Na última segunda-feira (14), a categoria decidiu em assembleia geral não aceitar a proposta de reajuste salarial de 10.8%, dividido em dois anos.

De acordo com a delegada da Associação Nacional dos Médicos Peritos, na região Norte e Noroeste Fluminense, Suzane Ferreira, o aumento salarial é uma questão secundária, diante de outros pedidos como a efetivação da carga horária de seis horas e o não credenciamento para realização de perícia. “Onde faltam médicos peritos, o governo quer o credenciamento de médicos de fora para realizar o trabalho, o que é extremamente perigoso. Esperamos uma proposta intermediária, mas o governo não se mostra interessado. Enquanto isso, o atendimento é comprometido e a categoria está em casa, sem trabalhar e sem receber”.  

A perícia do INSS está sendo feita por 30% do efetivo, que é o percentual obrigatório por lei. Como consequência, o tempo médio de espera para o agendamento, na média nacional, passou de 20 dias, antes do início das greves, para os atuais 63 dias. Através de nota, o INSS esclareceu que “os efeitos financeiros decorrentes dos benefícios concedidos retroagem à primeira data agendada”.

O Instituto conta hoje com 4.378 servidores peritos médicos, cujo salário inicial para uma jornada de 40 horas é de R$ 11.383,54, chegando a R$ 16.222,8. O órgão ainda informou que de setembro a novembro foram realizadas 910.761 perícias médicas; concedidos 454.803 benefícios por incapacidade; e remarcadas 1.047.239 perícias.O Diário.

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