Cunha protocola recurso no STF e diz que não vai renunciar

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), protocolou nessa segunda-feira (19) recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) contras três liminares que suspenderam o rito adotado por ele para processos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), em tramitação na Câmara. Cunha declarou ainda que não vai renunciar de seu cargo. Enquanto isso, o juiz Sérgio Moro aceitou nova denúncia contra Marcelo Odebrecht e mais cinco investigados na operação Lava Jato. Já a presidente Dilma reagiu às pressões do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de seu partido, e afirmou que Joaquim Levy permanece no ministério da Fazenda.

Na tarde dessa segunda-feira, Cunha disse que as peças estavam quase prontas e que faltava só fechar alguns detalhes. “A gente está contestando o mérito de cada ponto (das peças), para que permita ser apreciado pelos ministros”, disse Cunha.

Sobre o seu cargo na Câmara, Cunha declarou: “Esqueçam, não vou renunciar”. “Aqueles que desejam a minha saída têm de esperar o fim do mandato para escolher outro”, concluiu.

O juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, aceitou nessa segunda-feira denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o empreiteiro Marcelo Odebrecht e mais cinco investigados na operação Lava Jato, entre eles os ex-diretores da Petrobras Renato Duque e Pedro Barusco. Na mesma decisão, o juiz decretou nova prisão preventiva de Odebrecht, que já está preso em Curitiba desde junho. De acordo com a denúncia apresentada pelo MPF, Marcelo estaria envolvido diretamente no esquema de pagamento de propina a ex-dirigentes da Petrobras e atuava orientando as atividades dos demais acusados ligados à empreiteira.