quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Coronel morto a tiros em Maricá atuava como juiz em conselho da Justiça Militar


O coronel Ivanir Linhares Fernandes Filho, de 49 anos, morto a tiros na manhã desta quarta-feira, em Maricá, julgaria acusados no caso do desvio de pelo menos R$ 16 milhões do Fundo de Saúde da Polícia Militar (Fuspom) na sexta-feira. Apesar disso, o depoimento do sargento Luiz Cláudio Carvalho da Silva, de 44, que sobreviveu ao ataque, leva a policia a dividir a atenção com a hipótese de tentativa de assalto. Ele foi ouvido pela Divisão de Homicídios (DH) de Niterói no Hospital Estadual Alberto Torres, onde está internado. O julgamento dos acusados do desvio de dinheiro do Fuspom será mantido.
— O fato de ele ser um dos cinco votos que podem condenar participantes do desvio de milhões de reais é muito forte. As características também são de execução. No entando, o depoimento do sargento leva a crer em latrocínio. Ele diz que dois homens anunciaram um assalto dizendo “perdeu”, e ele revidou — diz o titular da DH, Fábio Barucke.


A polícia também investiga a hipótese de latrocinio já que um carro, com as mesmas características do que o que atacou os PMs, foi roubado em Niterói há quatro dias. O veículo foi usado em crimes como o de um sequestro-relâmpago de um casal. As vítimas chegaram a ser colocadas na mala do carro e liberadas na estrada a caminho de Maricá. O Jeep branco estaria com uma placa clonada.
O coronel Linhares era subcomandante do 4º Comando de Policiamento de Área (CPA). Morador de São Gonçalo, ele estava na Rua Domício da Gama para tratar da papelada do divórcio dele. Já o sargento Carvalho, que dirigia o carro,é morador do Rio de Janeiro. No carro dos policiais, um Gol utilizado como viatura descaracterizada, foram encontradas 17 perfurações de bala.
Segundo a Secretaria estadual de Saúde, o estado de saúde de Carvalho é estável. O enterro do Coronel Linhares será nesta quinta-feira, às 17h, no Cemitério Parque Nycteroy, em São Gonçalo.
Em nota, Polícia Militar do Rio confirmou a o coronel participaria de uma audiência. Leia na íntegra:
"O Coronel Ivanir Linhares Fernandes Filho participava de um Conselho Especial de Justiça na Auditoria de Justiça Militar do Estado do Rio de Janeiro, órgão subordinado ao Tribunal de Justiça e que auxilia em julgamentos. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios. A Polícia Militar instaurou uma apuração sumária para esclarecer todas as circunstâncias do fato. O Comando da Corporação está dedicado a prestar todo apoio à família do oficial, além de prestar as últimas homenagens a ele. A Corporação concentra esforços para prender os criminosos envolvidos no crime", diz o texto.
A família não autorizou a divulgação de informações sobre o sepultamento.
Fonte Jornal Extra.



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