terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Presa mulher suspeita de matar o marido envenenado






Principal suspeita de ter matado o marido por envenenamento, uma mulher identificada pelas iniciais A.R.C.S., foi presa por policiais civis da 134ª Delegacia de Polícia do Centro de Campos nesta segunda-feira (26/12). O crime ocorreu na madrugada da última segunda-feira (19/12), no Condomínio Recanto das Palmeiras. Durante uma coletiva no final da tarde desta segunda, os delegados titular e adjunto da 134ª Delegacia Legal, Geraldo Rangel  e Pedro Emílio Braga, respectivamente explicaram a prisão da suspeita, que chegou a ser presa em flagrante no dia do crime por subtração de provas, mas foi libertada no dia seguinte beneficiada por um pedido de liberdade provisória, que foi revogado e expedido um mandado de prisão preventiva.

Segundo Pedro Emílio, a suspeita foi à delegacia no início da manhã de segunda-feira (19/12) em virtude, até então, da remoção para verificação da razão de óbito de seu marido, procedimento relativamente rotineiro da delegacia naquelas hipóteses onde determinada morte vem a ocorrer independente de acompanhamento médico, que são as chamadas mortes suspeitas, que não se tem até então a notícia do que teria acontecido, isso gera um procedimento junto a Polícia Civil, 'os chamados evento morte' que tem por finalidade entender o que aconteceu e deu causa a morte daquela pessoa.

“A razão desse procedimento é justamente esse tipo de caso, onde uma morte ocorre dentro de casa e há possibilidade do envolvimento de uma esposa, um parente, um caso ligado à questão financeira, entre outros. Ela veio à delegacia na qualidade de esposa da vítima. Estava sendo lavrada a ocorrência de evento morte, até então, para que ocorresse a remoção do cadáver para uma posterior verificação junto ao IML a razão desta morte, ocorre que a equipe da Polícia Civil que fez o local identificou algumas características estranhas junto ao cadáver e, em revista ao local, um par de luvas cirúrgicas, um pote com resquício de um líquido branco e uma seringa. Esse material suspeito ia de encontro as circunstâncias verificadas junto ao corpo da vítima, que possuía a face, os braços sujos com um material branco não identificado, isso causou estranheza no local e gerou a desconfiança na equipe".

O material citado pelo delegado foi apreendido, no entanto, quando o inspetor confeccionava a oitiva dos Policiais Militares, a mulher buscou perceber onde foi guardada aquela evidência, e que foi guardada dentro de uma caixa fechada, porém no momento em que o policial foi buscar a impressão (cópia da oitiva), ela aproveitou para subtrair essa prova, sendo presa em flagrante.

"Ela estava na delegacia na condição de testemunha e não como uma criminosa, de forma que não havia preocupação com uma senhora que se mostrava fragilizada, chorava, estava triste pela morte do marido", explicou Pedro Emílio acrescentando que a suspeita tem passagens por furto e estelionato.

"Quando se faz um registro de remoção de cadáver é porque não há marcas de violência, não há ação contundente, nada. Pode ser uma morte natural, então o registro é feito como remoção, inicia-se a investigação, e aguarda-se a chegada do laudo, que muitas vezes leva-se dias, então é um procedimento que segue um ritmo natural de registro de remoção de cadáver, mas o fato de ela ter subtraído as provas, de uma certa forma até nos ajudou porque levantou a possibilidade efetiva de ela ser a autora do crime. Num primeiro momento ela fez algo pensando que fosse se beneficiar, mas acabou gerando toda investigação especifica contra ela, fez com que fosse autuada em flagrante pela obstrução da prova, além do inquérito do homicídio",  complementou Geraldo Rangel.

Pedro Emílio esclareceu ainda, que durante a confecção do registro, a suspeita já estava sendo assistida por um advogado, que buscou instruir um pedido de liberdade provisória, que foi deferido.  "Existe um procedimento que quando se faz uma prisão em flagrante, nós comunicamos ao juízo que faz uma análise do flagrante e se defere a conversão de prisão preventiva ou medida provisória, e assim foi feito. Por isso ela saiu no dia seguinte, mas foi expedido um novo título de prisão preventiva, esse sim cumprido, com a prisão dela hoje".

A suspeita  ficará a disposição da Justiça no Presídio Nilza da Silva Santos.
 Fonte Ururau

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