domingo, 19 de junho de 2016

Socorro federal terá como prioridades Linha 4 do metrô e RAS. Ajuda pode ser parcelada


Os primeiros recursos que entrarem nos cofres do governo estadual vindos da União serão empregados na conclusão da Linha 4 do metrô e na quitação de quatro meses do Regime Adicional de Segurança (RAS), programa que incentiva policiais militares de folga a fazerem horas extras. Esse foi o pedido feito pelo presidente em exercício, Michel Temer, para oferecer o socorro financeiro ao Rio. A ajuda será liberada após o governador em exercício, Francisco Dornelles, decretar estado de calamidade pública, na sexta-feira passada.
O governo do Rio ainda aguarda para saber como o dinheiro será liberado. Existe a possibilidade de que os recursos cheguem em parcelas. Dos R$ 3 bilhões que serão repassados, uma parte poderá ser transferida imediatamente, com o pagamento do restante de acordo com a decisão da União. Caso isso aconteça, a quitação da segunda parcela dos salários de maio dos servidores dependerá de um segundo repasse federal.
— O momento é de cautela no Estado do Rio. Só teremos uma organização mais concreta de como usar o que será repassado na terça-feira (dia 21). A prioridade é o metrô e a Segurança Pública. Vamos criar uma engenharia financeira para sanar todos os problemas — disse um integrante do Executivo estadual.
O secretário-executivo do Programa de Parceria em Investimentos (PPI) e assessor especial da presidência, Moreira Franco, confirmou que Michel Temer assinará uma medida provisória, amanhã, para oficializar o socorro.
— O presidente já havia se comprometido com o governo do Rio a ajudar, da forma que fosse possível, na realização dos Jogos Olímpicos. Em vista da situação crítica do Estado, a União vai disponibilizar a ajuda necessária para terminar a Linha 4 do metrô e as outras obras de infraestrutura. Na segunda-feira, a medida provisória será assinada — disse.
Em Brasília, fontes do Planalto dão conta de que a repercussão negativa sobre o estado de calamidade teria irritado Michel Temer. Ele estaria preocupado, ainda, com pedidos de ajuda semelhantes feitos por outros governadores. A irritação, porém, não deverá inviabilizar a ajuda ao Rio.

Fonte Jornal Extra.

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