sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Em entrevista, Pezão garante pagamento de 13º em dezembro .



    Foto Divulgação.

RIO — Apesar da crise financeira do Estado do Rio, em entrevista na manhã desta sexta-feira ao Bom Dia Rio, da TV Globo, o governador Luiz Fernando Pezão garantiu que vai chegar ao fim de dezembro com todas as contas em dia. Pezão alegou que foi adiada apenas uma bateria de pagamentos, que era a que seria realizada no dia 17 de novembro. O governador explicou que faz, mensalmente, três baterias de pagamentos, nos dias 7, 17 e 27 e que ainda neste mês, até o dia 30, vai pagar R$ 88 milhões a aposentados, pensionistas, servidores e fornecedores. Ele ainda garantiu que a segunda parcela do 13º salário vai ser paga em dezembro. O governador, no entanto, admitiu que o Rio tinha o maior déficit entre todos os estados que, em janeiro, era de R$ 13 bilhões. Ele disse que já pagou aos fornecedores este ano mais de R$ 4 bilhões. E que já pagou mais de R$ 1 bilhão de atrasados, que passam de R$ 1,380 bilhão.
— A folha de pagamento de novembro está praticamente garantida, tem repasses e entrada de recursos entrando na semana que vem. É nossa prioridade. Recebi mês a mês todos os fornecedores do estado, de merenda, de alimentação de presos, de limpeza. Fiz reunião com mais de 50 explicando como ia pagar e dizendo que a gente ia ter dificuldades — revelou Pezão, que explicou ainda que uma das principais dificuldades do Rio é a dependência do petróleo, que equivale a cerca de 33% do PIB do estado. Segundo ele, as atividades industriais estão praticamente paradas.
Já segundo a Assembleia Legislativa (Alerj), o estado tem uma dívida total de R$ 1,5 bilhão, sendo que R$ 128 milhões são relativos à segurança e R$ 68 milhões, à assistência social. Com a saúde, a dívida é muito maior: R$ 875 milhões e com educação R$ 177 milhões.
— Na próxima semana vou ter encontros com a Firjan, a Fecomércio e a Associação Comercial para mostrar entendimento com os empresários que também estão com dificuldades. Vou mostrar que também estou nessa luta. A minha receita é variável, dependo dos contribuintes, mas minha despesa é fixa, com servidores, aposentados e fornecedores — disse.
O governador declarou que está fazendo os pagamentos das dívidas com a União e que o Rio foi o estado que mais criou receitas extraordinárias, com 11 novas leis econômicas, o que, segundo ele, garantiu o pagamento do funcionalismo em dia. Sobre denúncias de falta de limpeza em universidades e hospitais, consequência de falta de pagamento a 20 mil terceirizados do setor, Pezão foi categórico e garantiu que são problemas pontuais. É o caso, segundo ele, do Hospital Universitário Pedro Ernesto, na UERJ.
Apesar de defender a CPMF como um imposto inteligente, capaz de reduzir a sonegação, o governador disse que não pretende aumentar impostos. A alegação é de que as empresas já estão com dificuldades para pagar os R$ 7 bilhões que devem ao estado e a situação só se agravaria.Fonte Jornal Extra.



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