quarta-feira, 25 de maio de 2016

Preso Guarda Municipal suspeito de envolvimento na morte de mulher






(Atualizado às 19h22) – Os promotores de Justiça Fabiano Rangel e Marcelo Lessa, responsáveis pela ação penal do caso do assassinato da analista judiciária Patrícia Manhães Gonçalves Mattos, e o delegado responsável pelas investigações, Luís Maurício Armand, da 146ª DP/Guarus, concederam entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira(25), na sede do Ministério Público,  e  informaram mais dados sobre as prisões dos suspeitos de envolvimento na morte, entre eles o guarda municipal e marido da vítima, Uenderson Matos. A hipótese de crime passional não é descartada.  Um dos promotores fala sobre uma pessoa que “se aproveitou do crime”.

“Há um ciclo de indícios vasto. O crime foi complexo. Há muita versões e situações que estão sendo analisadas. Apesar de estar preso, o marido da vítima ainda figura como suspeito. Houve uma pessoa que se aproveitou do crime”, disse o promotor Fabiano Rangel, acrescentando que buscas continuam sendo feitas e outros depoimentos serão tomados. O promotor ainda anuncia que ocorrerá a reconstituição do crime. Ele destaca que estão sendo analisadas muitas mensagens digitais. Também está sendo aguardado o resultado do confronto balístico de armas que foram apreendidas.

Numa ação da Polícia Civil e do Ministério Público, foram presos o guarda municipal Uenderson Mattos, de 38 anos(foto acima), e o advogado dele, na manhã desta quarta-feira(25). O guarda é investigado por envolvimento na morte da esposa, a analista judiciária Patrícia Manhães Gonçalves Mattos(41 anos), assassinada a tiros no dia 13 de abril desse ano, dentro do próprio carro, no estacionamento do Grupamento Ambiental da Guarda Civil Municipal, na antiga Ceasa, no Parque Boa Vista, em Guarus. Além de Uenderson, outro guarda municipal, de iniciais J.M.F., que também figura como suspeito de participar do crime, teve prisão temporária decretada e foi preso nesta manhã. Uma mulher que seria amante de Uenderson também foi detida e está sendo interrogada. Há outros mandados de prisão e de busca  contra suspeitos de envolvimento no crime e estão sendo cumpridos no Centro e nos bairros  Pelinca, IPS, Rodoviário, São Mateus e Lebret. Um dos mandados é contra o suspeito de ser o executor, de iniciais J.B.L. Ele  foi conduzido coercitivamente da sua casa, no
Parque São Matheus, até a 146ª DP/Guarus, para ser interrogado.
A polícia também apreendeu, na manhã de hoje, dois aparelhos de celular no apartamento do guarda Uenderson, na rua Primeiro de Maio, na Pelinca. Ele teria afirmado que não possuía outros celulares. Os aparelhos serão periciados e as ligações, investigadas.

Segundo o delegado titular da 146ª DP/Guarus, Luís Maurício Armond,  houve cumprimento de um mandado de prisão contra o guarda Uenderson, expedido na noite dessa terça-feira (24). Os promotores públicos Marcelo Lessa e Fabiano Rangel Moreira acompanham toda a ação.

Em entrevista nesta manhã, o delegado Armond informou que várias provas foram obtidas durante as investigações. ” Constatamos diversas contradições nos depoimentos das testemunhas. Descobrimos que Uenderson tem uma amante de mais de um ano, ela inclusive é casada, e que se encontrava com ele em um apartamento do condomínio Recanto das Palmeiras. Ela foi conduzida para a delegacia e será ouvida”, disse o delegado, acrescentando que: “o guarda(Uenderson) mantinha contato com outro guarda municipal que trabalhava no local do crime. Ele entrou em contato três minutos antes do crime, o que nós acreditamos que tenha sido o start da ação e que um minuto antes da morte, a mulher dele ligou pra ele e não atendeu”, destacou Armond.

    Promotor Marcelo Lessa 

O delegado Armond  frisou ainda que o outro guarda municipal suspeito da morte de Patrícia tem envolvimento em  outros crimes.”Esse suspeito de ter executado a vítima  tem envolvimento em outros crimes e, inclusive, seria um comandante da milícia do Parque São Mateus”, afirmou o delegado.

Também conforme o delegado, há mais seis mandados de prisão preventiva e busca e apreensão que estão sendo cumpridos por agentes da Polícia Civil. O advogado de Uenderson foi preso sob a acusação de coagir testemunhas.






    Promotor Marcelo Lessa abre o cofre










O comandante da Guarda Municipal, Marcos Soares, esteve na 146ª DP para acompanhar o caso


Mais detalhes a qualquer momento (publicado às 07h17  –  última atualização às 09h17)                    

    Como aconteceu



Patrícia Manhães Gonçalves Mattos, de 41 anos, aguardava seu marido, o guarda Uenderson Mattos, no interior do seu carro, no início da noite do dia 13 de abril, no estacionamento da base da Guarda Ambiental (GAM), situada no antigo galpão do Ceasa, quando dois homens chegaram ao local.

Inicialmente, o guarda informou à polícia que sua mulher foi vítima de assalto e que os bandidos  fugiram após atirar e roubar uma quantia em dinheiro.

A vítima chegou a ser socorrida no próprio carro pelo marido para o Hospital Ferreira Machado (HFM), mas não resistiu. Ela levou dois tiros, sendo um na cabeça e outro no pescoço. Patrícia morava em um prédio localizado na rua Primeiro de Maio, na Pelinca e tinha uma filha com Uenderson.















 





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