terça-feira, 17 de maio de 2016

Morte de analista: depoimento de testemunha pode ajudar elucidação





O depoimento de uma testemunha do assassinato da analista judiciária lotada no fórum de Campos  e esposa de um guarda municipal, Patrícia Manhães Gonçalves Mattos, de 41 anos, pode servir para a polícia tirar conclusões e definir a motivação do crime. É o que informa nesta terça-feira (17) uma fonte do Campos 24 Horas. A testemunha-chave estaria tomando conta de animais nas proximidades do depósito da Guarda Civil Ambiental na noite do crime e teria revelado como agiram os dois homens que estavam nas proximidades do carro ocupado pela vítima.
O crime ocorreu na noite de 13 de abril. De acordo com a polícia, Patrícia aguardava seu marido, o guarda Uenderson Mattos, no interior de um carro, no estacionamento da base da Guarda Ambiental (GAM), situada no antigo galpão do Ceasa, no bairro do mesmo nome, quando dois homens chegaram ao local em uma motocicleta e atiraram na vítima. Uma das versões é que teria ocorrido um assalto, mas a polícia não descarta a hipótese de execução. A bolsa contendo pertences da vítima foi levada pelos autores.

Patrícia de chegou a ser socorrida pelo próprio marido e levada para o Hospital Ferreira Machado (HFM), mas não resistiu e morreu. O crime intriga a sociedade de Campos.

INVESTIGAÇÃO

Uma das ações de investigação ocorreu no apartamento onde a vítima morava com o guarda Uenderson, na rua Primeiro de Maio, na Pelinca.

Os policiais comandados pelo delegado Luiz Maurício Armions, da 146ª DP/Guarus, também estiveram em um apartamento que pertencia ao casal, situado no condomínio Recanto das Palmeiras, no Parque Rodoviário. No imóvel, a polícia não encontrou a maior parte dos móveis. O apartamento teria sido desocupado na semana do crime e anunciado para alugar.

RELEMBRE

Após a morte da funcionária do fórum de Campos e esposa de um guarda municipal,  Patrícia Manhães Gonçalves Mattos, de 41 anos, o delegado titular  Luiz Maurício Armond e o adjunto Pedro Emílio da 146ª DP/Guarus, concederam uma entrevista coletiva à imprensa na tarde desta quinta-feira (14).

mulher guarda carro“Tivemos a notícia ontem que inicialmente seria um assalto, foram as primeiras informações, teve um socorro a vítima, no próprio veículo que ela estava com o marido. Com essa notícia, eu me dirigi ao hospital, no local eu encontrei familiares da vítima e um primo do marido de Patrícia que estaria com ele no momento que houve o fato, ambos são guardas. A informação que obtivemos é que ele foi levar um material de pesca até a base no Ceasa”, disse o delegado que acrescentou:

“O marido deixou o veiculo na guarda, saiu e logo após ele ouviu alguns disparos, quando olharam não viram ninguém. Ele verificou que a esposa estava ferida e a socorreu. A perícia foi realizada no local e no carro. Também recolhi os celulares deles, as documentações e conseguimos arrecadar no interior da porta do veículo um projétil que foi apreendido que será  encaminhado a um exame de balística, mas eventualmente é de calibre 38. Verificamos que houve mais dois disparos na porta, a vítima levou dois tiros que foram fatais, um que entrou na face e saiu no nariz e outro que entrou na nuca”, contou o delegado Armond, acrescentando ainda que:

“Fomos ao local, o delegado Pedro Emílio também se juntou à equipe, junto com a perícia arrecadamos mais alguns projéteis, levantamos algumas questões de como teria sido o fato e ainda estamos apurando. Fizemos as oitivas das pessoas envolvidas, arrecadamos duas armas, um revólver calibre 38, desmuniciado, mas com algumas cápsulas que foram alegadas que haviam usadas em um curso que foi feito e em outra residência encontramos uma pistola com munição, regulamentada. Alguns objetos também foram apreendidos, foram feitos exames de balística no marido e em seu primo. Não descartamos nenhuma hipótese, nem de execução, nem de latrocínio, mas estamos trabalhando e temos certeza que em breve vamos ter uma resposta. Estamos fazendo os procedimentos normais de investigação, não há nenhum pré-julgamento. Só vamos poder chegar na verdade do que ocorreu com as investigações, ainda é um curto prazo para termos conclusões do que realmente aconteceu. Estamos dependendo do cruzamento de dados e buscas de provas”, concluiu o delegado da 146ª DP/Guarus.

O delegado adjunto Pedro Emílio frisou que: “São menos de 24 horas do ocorrido, iniciamos uma investigação que tem como objetivo a descoberta dos verdadeiros fatos e mostrar uma realidade. Depois das apreensões das armas, boatos estão se espalhando pela cidade, mas temos que saber que isso pode ser fantasioso. Vamos continuar investigando”.

Marido da vítima e seu primo tiveram armas apreendidas

A Polícia Civil iniciou na madrugada desta quinta-feira(14) as investigações para elucidar a morte da funcionária do fórum de Campos e esposa de um guarda municipal,  Patrícia Manhães Gonçalves Mattos, de 41 anos. Após realizar perícia no carro em que a vítima estava, o delegado da 146ª DP/Guarus, Luiz Maurício Armond, esteve na casa de um guarda civil municipal, cujo nome não foi revelado, em Guarus. E também esteve na casa da vítima, no bairro Pelinca.

Na casa da vítima foi apreendida uma pistola. Outra apreensão de arma ocorreu na casa de um guarda municipal. Na casa do guarda, foi apreendido um revólver calibre 38 e munições (algumas deflagradas).

O delegado Armond disse apenas que a armas são registradas e serão examinadas, sem, contudo, revelar porque realizou as apreensões. “Não posso adiantar dados dessas apreensões. As armas serão levadas a exame”, disse o delegado ao Campos 24 Horas, acrescentando que dará uma entrevista coletiva às 13h30, desta quinta-feira.

Como aconteceu

A esposa de um guarda civil e analista judiciária, lotada no fórum da cidade, morreu após reagir a um assalto na noite desta quarta-feira(13), por volta das 18h30, em Guarus, em Campos. De acordo com a polícia, Patrícia Manhães Gonçalves Mattos, de 41 anos, aguardava seu marido, o guarda
Uenderson Mattos, no interior de um carro, no estacionamento da base da Guarda Ambiental (GAM), situada no antigo galpão do Ceasa, no bairro do mesmo nome, quando dois bandidos chegaram ao local.

Os bandidos estavam em uma motocicleta e fugiram após atirar e roubar dinheiro da vítima, que estava no banco carona e caiu para o lado do motorista.

A vítima chegou a ser socorrida no próprio carro pelo marido para o Hospital Ferreira Machado (HFM), mas não resistiu. Ela levou dois tiros, sendo um na cabeça e outro no pescoço. Patrícia morava em um prédio localizado na rua Primeiro de Maio, na Pelinca.

Em seu perfil na rede social, há informações de que ela trabalhava no Tribunal de Justiça, era mãe de dois filhos pequenos e completaria 42 anos em maio.

O comandante da GCM, Marcos Soares de Souza, informou  que o guarda Uenderson foi  à base do GAM para resolver um assunto em companhia de outro guarda e deixou a esposa no carro, um Chevrolet modelo Spin, de cor preta.

A polícia foi  informada que os autores do crime roubaram R$ 1,5 mil em dinheiro de Patrícia.

O carro da vítima foi periciado em frente ao Ferreira Machado. O delegado titular da 146ªDP, Luiz Maurício Armond, e o juiz titular da 1ª Vara Cível de Campos, Ralph Manhães, estiveram no hospital.

O banco da frente do carro(foto acima) ficou ensanguentado. Uma cadeirinha de transportar criança foi encontrada no banco traseiro do carro.

Diversas equipes da PM fazem buscas em Guarus. O latrocínio(roubo seguido de morte) será registrado na 146ª DP/Guarus para investigação.




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