quarta-feira, 10 de junho de 2020

Bombeiro é preso suspeito de obstruir investigações do assassinato de Marielle Franco



Apontado como cúmplice do sargento da reserva da Polícia Militar Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes, o cabo do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Corrêa, o Suel, de 44 anos, foi preso, na manhã desta quarta-feira, durante a operação Submersos II.. Ele foi localizado num condomínio no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. Suel já estava na mira da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e do Grupo de

Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio (MPRJ) desde a prisão de Lessa e do ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, em março do ano passado. De acordo com os investigadores, coube ao bombeiro ajudar, logo após a prisão do sargento, no descarte das armas escondidas por Lessa.

O bombeiro é acusado de ter cedido um carro para a quadrilha de Lessa esconder as armas por uma noite, logo após a prisão do sargento, antes de um de seus comparsas, Josinaldo Freitas, o Djaca, recolhê-las e jogá-las no mar para evitar a apreensão. Uma das armas, cogita a polícia, pode ter sido usada no ataque a Marielle. O veículo de Suel ficou estacionado no pátio do supermercado Freeway, na Barra da Tijuca. Suel tentou plantar falsas testemunhas para esconder a propriedade do carro, mas os investigadores conseguiram desmenti-las.

Ao EXTRA, Antônio Ricardo Lima Nunes, delegado titular do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), afirmou que espera prender ainda em 2020 os mandantes do assassinato da vereadora e de seu motorista.

— Estamos trabalhando sem descanso para prender os mandantes desse crime. Ao longo dessa investigação já prendemos mais de 65 pessoas, apreendemos dezenas de armas e já existem diversas investigações que se desdobraram. Acreditamos que iremos solicitar esse caso ainda neste ano — destacou o policial.

Pouco depois das 6h, agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), promotores do Ministério Público, agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) e representantes da Corregedoria do Corpo de Bombeiros chegaram à casa do cabo em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes. Foi o próprio cabo do Corpo de Bombeiros que atendeu os investigadores. Uma hora depois, ele foi levado para a Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca, para prestar depoimento.

Entre os alvos de busca e apreensão, está a BMW-X6 que pertence ao bombeiro. Segundo os investigadores, o carro está avaliado em R$ 172 mil. Na garagem da casa, a polícia também encontrou uma lancha.

Além do mandado de prisão de Suel, a Polícia Civil e o MP cumprem dez mandados de busca e apreensão em diversos endereços do Rio. Entre eles, um pertence a um policial militar da ativa. Ao todo, 150 agentes participam da ação, que conta ainda com as Corregedorias das polícias Civil e Militar e com a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), com dois veículos blindados. Fonte Jornal EXTRA.




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