terça-feira, 24 de outubro de 2017

Justiça determina transferência de Sérgio Cabral para presídio federal



Rio - O juiz Marcelo Bretas,  da 7ª Vara Federal Criminal, determinou nesta segunda-feira, a transferência de Sérgio Cabral para um presídio federal. O ex-governador do estado foi transferido que cumpria pena no  Complexo Penitenciário de Gericinó, desde novembro, foi transferido em maio para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica.  presídio para onde ele será enviado ainda não foi escolhido.

O magistrado atendeu ao pedido feito pelo procurador federal Sergio Pinel, que alegou falta de segurança no presídio onde Cabral se encontra, em Benfica. Pinel ainda disse que Cabral comentou saber informações sobre a família de Bretas, que trabalharia no setor de bijuterias, o que comprovaria que ele tem acesso a informações privilegiadas dentro da cadeia.

"O que levou o Ministério Público Federal (MPF) a requerer a transferência de Sérgio Cabral foi uma afirmação no seu interrogatório de que teria obtido na prisão informações a respeito da vida da família do magistrado. Isto o MPF acha que é muito grave. A prisão não tem sido suficiente para afastar o réu de informações de fora da cadeia e levou a pedir sua transferência", explicou Pinel. Cabral está preso desde novembro do ano passado, após as investigações da Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato que prendeu o ex-governador e várias pessoas ligadas a sua gestão no governo.

Bretas disse que acha suspeito que Cabral tenha dito em audiência pública que acompanha a rotina da família do magistrado. "É, no mínimo, suspeito que o acusado que não só responde não apenas a este processo, responde, como o senhor bem disse, já são dezesseis e é possível, provável até, que haja mais situações, mais processos, muitas investigações, é, no mínimo, inusitado que ele venha aqui trazer ao juízo até numa audiência pública, que é gravada, esta informação".

O advogado Rodrigo Roca, que defende p ex-governador, considerou a decisão arbitrária e disse que vai recorrer. "Arbitrária, ilegal e nós vamos levar ao conhecimento do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, para que ele decida e dê a última palavra. Se for necessário, vamos aos tribunais de Brasília", disse Roca, ressaltando que a decisão representa cerceamento à defesa.

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Condenado a 72 anos de prisão, em apenas três dos 16 processos em que é réu, o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) vai cumprir pena em um presídio federal. A transferência atende a pedido do Ministério Público Federal (MPF) feito durante audiência na 13ª Vara Federal do Rio, quando Cabral, além de confrontar o juiz Marcelo Bretas, revelou conhecer detalhes pessoais da família do magistrado, o que foi interpretado como 'ameaça velada'. Bretas aceitou o pedido. No entanto, até a noite de ontem ainda não tinha sido definida para qual unidade Cabral será transferido, já que é o Ministério da Justiça que vai decidir.

Autor do pedido, o procurador da República Sérgio Pinel, argumentou que o réu Cabral demonstrou ter acesso a informações sigilosas, que não deveria conhecer. "O que levou o Ministério Público Federal a requerer a transferência de Sérgio Cabral foi uma afirmação no seu interrogatório de que teria obtido na prisão informações a respeito da vida da família do magistrado. Isto o MPF acha que é muito grave. A prisão não tem sido suficiente para afastar o réu de informações de fora da cadeia e levou a pedir sua transferência", explicou Pinel. Cabral está desde maio na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica.

Na mesma audiência, Cabral acusou o magistrado de querer aparecer às suas custas. "O senhor está encontrando em mim uma possibilidade de gerar uma projeção pessoal me fazendo um calvário", disse o ex-governador, que sofreu duas condenações de Bretas. Uma de 13 anos e outra de 45 anos (a terceira condenação, também de 13 anos, foi do juiz Sérgio Moro, de Curitiba). O advogado Rodrigo Roca, que defende o ex-governador, considerou a decisão arbitrária e ilegal. Roca disse que vai recorrer.

Cabral é condenado a mais 13 anos de prisão

O ex-governador do estado Sérgio Cabral foi condenado nesta sexta-feira, pela terceira vez na Lava Jato. O juiz federal Marcelo Bretas setenciou mais 13 anos de reclusão a Cabral, pelo crime de lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Mascate.

O ex-governador, que é réu em 16 processos, está preso desde novembro do ano passado. Além dele, foram condenados pelo mesmo crime Carlos Miranda e Ary Ferreira da Costa Filho, apontados pelo Ministério Público Federal (MPF) como operadores financeiros de Cabral. O magistrado aplicou pena de 12 anos de prisão a Miranda e 9 anos e 4 meses a Costa Filho.

Com informações da Agência Brasil

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