quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Reunião termina sem acordo e bancários decidem manter a greve. Nova reunião acontece nesta quinta


Os bancários decidiram nesta terça-feira (13) manter a greve iniciada na semana passada, informou a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A decisão foi anunciada após reunião com a  Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) em São Paulo. Segundo a Contraf, a Fenaban não apresentou nova proposta, e uma nova rodada de negociação foi marcada para quinta-feira (15), em São Paulo.

De acordo com o último balanço divulgado pelo comando dos grevistas, 11.531 agências e 48 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas nesta segunda-feira (12). Segundo o Banco Central, o país tem 22.676 agências bancárias instaladas.

A greve teve início na terça-feira passada (6). Na sexta-feira (9), os bancários decidiram manter a greve iniciada no dia 6, rejeitando a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste de 7%.

A Fenaban não tem divulgado balanços diários de agências fechadas, mas informa que a população tem à sua disposição uma série de canais alternativos para realizar transações financeiras.

Reivindicações

A categoria havia rejeitado a primeira proposta da Fenaban – de reajuste de 6,5% sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A proposta seguinte, também rejeitada, foi de reajuste de 7% no salário, PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 3,3 mil.

Os sindicatos alegam que a oferta não cobre a inflação do período e representa uma perda de 2,39% para o bolso de cada bancário. Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial – no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) -, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho.

A Fenaban disse em nota que “o modelo de aumento composto por abono e reajuste sobre o salário é o mais adequado para o atual momento de transição na economia brasileira, de inflação alta para uma inflação mais baixa”.

Bancários: greve fecha quase metades das agências no país

A adesão à greve dos bancários cresceu nesta segunda-feira (12), atingindo quase metade das agências de todo o país, afirmou o sindicato nacional da categoria, Contraf-CUT.

Segundo a entidade, a paralisação iniciada na última terça-feira (6) chegou a 11.531 agências e 48 centros administrativos, o equivalente a 49% de todas as agências do Brasil. A mobilização cresceu 15%, na comparação com a sexta-feira (9), afirmou a Contraf-CUT.

“Tivemos hoje a adesão dos financiários à greve e, em alguns Estados, dos cooperários (trabalhadores em cooperativas de crédito) mostrando que a insatisfação com os patrões do sistema financeiro cresceu”, afirmou o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten.

Nesta terça-feira (13), representantes dos bancários voltam a se reunir com a Fenaban, braço sindical da Febraban, que representa os bancos. No último encontro, os bancos propuseram reajuste de salários e de auxílios de 7%, mais abono de R$ 3.30. Os bancários querem reajuste de 14,6%, que inclui 5% de aumento real.

Representantes da Fenaban não puderam ser contatados de imediato. Na semana passada, ao comentar sobre a proposta de reajuste aos bancários, a entidade afirmou que a oferta era “superior à inflação prevista para os próximos doze meses e representa um ganho expressivo para a maioria dos bancários”. A entidade comentou ainda que “o modelo de aumento composto por abono e reajuste sobre o salário é o mais adequado para o atual momento de transição na economia brasileira, de inflação alta para uma inflação mais baixa”.

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