quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Petrobras reajusta preços dos combustíveis para distribuidoras

 


A Petrobras anunciou ontem (15), no Rio de Janeiro, que vai reajustar os preços da gasolina e do diesel a partir de hoje. A gasolina A - produzida pelas refinarias de petróleo e entregue diretamente às distribuidoras - terá o preço médio aumentado em R$ 0,41 por litro e passará a ser vendida às distribuidoras por R$ 2,93. O aumento é de cerca de 16%.


"Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,14 a cada litro vendido na bomba", diz o comunicado da empresa.


Apesar desse reajuste, no ano o preço da gasolina vendida às distribuidoras acumula redução de R$ 0,15 por litro.


Diesel - Para o diesel, a Petrobras aumentará o preço médio de venda para as distribuidoras em R$ 0,78, chegando a R$ 3,80 por litro. O reajuste representa 26%.


Levando em consideração a mistura obrigatória de 88% de diesel A - produzido nas refinarias - e 12% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 3,34 a cada litro.


No ano, o preço de venda de diesel da Petrobras para as distribuidoras acumula redução de R$ 0,69 por litro.


A parcela da Petrobras no preço do combustível não é o valor final que o consumidor encontra nas bombas porque ainda entram no cálculo impostos e margens de lucro da distribuição e dos postos.


Nova política de preços - A Petrobras esclareceu que a nova política de preços da empresa "incorpora parâmetros que refletem as melhores condições de refino e logística da Petrobras na sua precificação".


Segundo a empresa, "em um primeiro momento, isso permitiu que a empresa reduzisse seus preços de gasolina e diesel e, nas últimas semanas, mitigasse os efeitos da volatilidade e da alta abrupta dos preços externos, propiciando período de estabilidade de preços aos seus clientes".


A companhia ressalta que, "no entanto, a consolidação dos preços de petróleo em outro patamar, e estando a Petrobras no limite da sua otimização operacional, incluindo a realização de importações complementares, torna necessário realizar ajustes de preços para ambos os combustíveis, dentro dos parâmetros da estratégia comercial, visando reequilíbrio com o mercado e com os valores marginais para a Petrobras".


Na avaliação da companhia, a nova política de preços evita repassar aos consumidores a volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio, ao mesmo tempo em que preserva um "ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente".


Abastecimento - Em comunicado, ontem, a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) afirma que, de acordo com informações apresentadas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), não há desabastecimento de diesel e gasolina no país.


Atualmente, diz o comunicado, há uma restrição nas entregas de combustíveis em algumas bases de distribuição para os postos, o que não significa necessariamente falta de produtos para a ponta final da cadeia (postos e distribuidoras).


Consultada pela Fecombustíveis, a ANP informou que os níveis de estoques estão em normalidade. Conforme a Agência, até o momento, nenhuma distribuidora relatou estar operando abaixo dos estoques mínimos.


Com a alta da cotação do petróleo no mercado internacional, as refinarias da Petrobras passaram a comercializar combustíveis por custos menores no mercado interno, o que pode ter impactos sobre a importação e para as refinarias privadas do país.


De acordo com o Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), no período entre 4 e 10 de agosto, a defasagem de preços da gasolina comercializada pela Petrobras em relação aos preços internacionais é de 31,15% (R$ 1,14 por litro) e a do diesel atinge 27,68% (R$ 1,17 por litro).


Hoje, o Brasil precisa contar com a importação de óleo diesel e gasolina para manter o abastecimento no país, o que tem causado preços mais elevados, de forma generalizada, tanto para as distribuidoras quanto para os postos.

Fonte: Agência Brasil/Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil


 



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