domingo, 12 de junho de 2022

Governo do Estado reconhece Quilombo de São Fidélis, mas comunidade luta por título da terra

 

A Fazenda São Benedito é um dos maiores patrimônios arquitetônicos e culturais de São Fidélis, no Norte Fluminense. Em 1820, a propriedade pertencia a João Manuel de Souza, o barão de Vila Flor. Após a abolição, muitos ex-escravizados ficaram morando como colonos. A fazenda foi vendida para vários fazendeiros. A partir de 1960, descendentes de negros escravizados foram dispensados do lugar. A terra é defendida por historiadores e comunidade negra como Quilombo São Benedito. A Lei Estadual 9.704/22, sancionada pelo governador Cláudio Castro recentemente, reconhece o Quilombo São Benedito como Patrimônio Histórico e Cultural do Estado do Rio de Janeiro. Porém, a propriedade é particular e os descendentes de ex-escravizados ainda lutam pelo direito e retorno à terra.

A Associação Quilombola São Benedito existe há 16 anos. É presidida por Frank Antônio Feres desde 2014. Ele conta que a comunidade quilombola existe, mas que não é completamente reconhecida, necessita de um documento, o Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTDI). Em 2018, esse processo para a emissão da documentação chegou à Casa Civil, e depende da Presidência da República para garantir o reconhecimento de título e posse da terra da Fazenda São Benedito. Atualmente, a propriedade pertence ao empresário Badger Hentzy, responsável pela recuperação e restauração do solar centenário, concluídas em 2019. A reportagem não conseguiu falar com ele.Fonte Jornal Terceira Via.


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