A Polícia Militar (PM) recapturou seis detentos que fugiram do Presídio Carlos Tinoco da Fonseca, em Campos, na madrugada desta segunda-feira (8). A informação foi confirmada pelo comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar (8º BPM), tenente-coronel Rodrigo Ibiapina Chiaradia. Além deles, um sétimo fugitivo já havia sido encontrado e detido por agentes da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).
De acordo com a Seap, sete detentos serraram a grade de uma das celas da unidade, que fica na Estrada do Santa Rosa, na Codin, no subdistrito de Guarus, por volta das 4h30. Um deles foi recapturado por agentes penitenciários ainda dentro do edifício, mas os outros seis conseguiram escapar pela parte de trás, usando uma corda feita com lençóis, conhecida como tereza, para pular do segundo pavimento para o lado de fo
Prisões — O primeiro fugitivo foi recapturado ainda dentro do Presídio Carlos Tinoco da Fonseca. Ele chegou a sair da cela, mas se escondeu durante a fuga e foi encontrado por agentes da Seap. O detento, que não teve o nome divulgado pela secretaria, foi ouvido na 146ª Delegacia Policial (DP), em Guarus, e reencaminhado para a unidade prisional.
Os outros seis foram localizados e presos pela PM com ajuda de denúncias anônimas. Renato Pereira Coelho foi encontrado por volta das 13h, em um sítio às margens da estrada que liga a usina São João à localidade de Brejo Grande. Ele tentava se esconder em uma área de matagal.
No mesmo local foram achados, duas horas mais tarde, Wilkson de Oliveira, e à noite, Carlos Magno Ferreira de Mores, Fábio Ancelmo Erculano, Jovanes Duarte Gonçalves e Davison da Silva Lima. Não houve reação.
O comandante do 8º BPM destacou a velocidade da resposta do Estado. “Menos de 15 horas após a fuga, todos já haviam sido recapturados”, afirmou, completando: “Nenhum deles vai ficar fora dos muros do presídio atormentando a vida das pessoas de bem.”
Lotação — O Presídio Carlos Tinoco da Fonseca tem limite para 872 presos, mas pode comportar quase o dobro, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária que dependem de atualização em abril deste ano. Já na Cadeia Pública Dalton Crespo, a capacidade é de abrigar 500 presos, mas o prédio costuma contar com pelo menos 250 pessoas a mais. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), em dados divulgados em junho de 2018, o Estado do Rio de Janeiro possuía o cadastro de 56.372 presos no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP 2.0), sistema criado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para monitorar, em tempo real, as ordens de prisão emitidas pelo judiciário e o seu cumprimento em todo o território nacional.
De acordo com dados do Estado do Rio, do total de detentos 54,1 mil são homens e 2,2 mil, mulheres. Mais de 52% são presos provisórios, 24% são condenados e 23% estão em execução provisória. Pelo BNMP, havia na época cerca de 45,5 mil mandados de prisão pendentes de cumprimento no Rio de Janeiro.Da Redação da Tribuna Itaperunense com informações Jornal Online Terceira Via.
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