A prefeita de São João da Barra, Carla Machado (PP), o vice Alexandre Rosa (PRB), o ex-prefeito Neco (PMDB) e o vereador Alex Firme (PP) — atualmente licenciado para exercer o cargo de secretário de Meio Ambiente, tiveram a condenação de oito anos de inelegibilidade, a contar de 2012, mantida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Na última quarta-feira (30/08), por unanimidade, a Corte seguiu o voto do relator, Fernando Cerqueira Chagas, no mérito, que manteve a sentença de primeira instância. Cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A ação não altera o resultado do pleito de 2016, uma vez que os registros de candidatura foram expedidos antes da condenação. Caso a sentença seja mantida até a última instância, Carla, Alexandre, Neco e Alex ficariam impedidos de concorrer nos pleitos de 2018 e 2020.
MACHADADA
A “Operação Machadada”, em outubro de 2012, resultou na prisão, à época, da prefeita Carla Machado e dos candidatos a prefeito e vice na chapa do PMDB, encabeçada por Neco, Alexandre Rosa. Carla foi presa quando se dirigia a uma pousada, em Atafona, já Alexandre foi preso na casa do candidato a prefeito do PMDB.
À época, o delegado da Polícia Federal responsável pelo caso, Paulo Cassiano, falou que os dois políticos integravam uma quadrilha, formada com a intenção de desestabilizar as eleições do dia 07 de outubro daquele ano.
COMO FUNCIONAVA
As investigações da Polícia Federal concluíram que na maior parte das vezes, um intermediário fazia a oferta para que o candidato abrisse mão de concorrer, em favor de um candidato da situação, dessa forma, começava a negociação de valores ou vantagens futuras.
Cassiano acreditava que pelo menos três candidatos cederam e retiraram suas candidaturas, Tino Ticalu, Silvana de Grussaí e Alex Valentin. “Eles compunham recentemente a oposição e abruptamente passaram a apoiar candidatos antes opositores”, disse o delegado à época. Fonte Ururau
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