quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Pezão é denunciado pela PGR por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa



A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, denunciou nesta quarta-feira (19) o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), e outras 14 pessoas.

O grupo é acusado dos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O advogado de defesa de Pezão, Flávio Mirza, disse que ainda não tem conhecimento da denúncia da PGR, e que, por isso, não poderia se posicionar.

A denúncia será encaminhada ao relator do caso do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Felix Fischer. O governador e parte dos denunciados estão presos desde o último dia 29 de novembro, quando foi deflagrada a Operação Boca de Lobo.

Além da condenação dos envolvidos, Dodge também pediu que eles sejam obrigados a pagar indenização por danos morais no valor de R$ 39,1 milhões.

Fora isso, a procuradora-geral da República pediu que seja decretada a perda da função daqueles que estiverem ocupando cargos da Administração Pública.

Na denúncia, Raquel Dodge aponta que as práticas ilegais tiveram início em 2007, quando o ex-governador Sérgio Cabral assumiu o governo do estado.

As apurações revelaram que, para firmar contratos com o Estado, as empresas deveriam repassar ao esquema criminoso 5% do valores pactuados.

Pezão teria se beneficiado de parte desses recursos. Ele teria criado e mantido um esquema próprio de recebimento de propina, sucedendo Cabral na liderança da organização criminosa.

O pagamento de vantagens indevidas, segundo a denúncia, se repetiu na maioria das obras de construção civil executadas pelo Estado na última década. Foram desviados recursos federais e estaduais.

Continuidade das investigações

Na peça, Raquel Dodge lembrou que a destinação final dada ao dinheiro ainda é desconhecida. No caso de Pezão, a PGR pediu ao STF a condenação pelos crimes de corrupção passiva (111 vezes), corrupção ativa (3 vezes), lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Junto com a denúncia, a procuradora-geral enviou uma cota em que explica ao relator do caso que não foi possível esgotar a apuração de todos os fatos descobertos ao longo do processo investigativo.Por G1

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