quinta-feira, 20 de junho de 2024

Comissão de Ética decide pelo arquivamento de processo contra deputada Lucinha

 

A Comissão de Ética da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) formou maioria para o arquivamento do processo ético-disciplinar enfrentado pela deputada Lucinha (PSD), suspeita de envolvimento com a milícia que atua na Zona Oeste. A sessão começou por volta de 14h30 desta quinta-feira (20) e transcorreu sob sigilo.

Os deputados que entenderam que não houve quebra de decoro parlamentar foram: Vinícius Cozzolino (União Brasil), Renato Miranda (PL), Cláudio Caiado (PSD) e Júlio Rocha (Agir). Contra Lucinha, votaram Martha Rocha (PDT) e Dani Monteiro (Psol).

"O nosso voto foi pela cassação do mandato. Não cabe a nós aferir o cometimento de crime por parte da deputada, mas há, muito nitidamente, uma relação íntima dela com a organização criminosa. Essa aproximação confere a ambos os lados um tráfico de informação e de beneficiar ambos os lados. Ao nosso ver, não é claro se a deputada tem um cargo na organização, qual o tamanho do cargo, quais atribuições, mas é nítido o benefício de ambas as partes", explicou Dani Monteiro.

Na segunda-feira (17), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou a deputada e sua ex-assessora parlamentar, Ariane Afonso Lima, sob a acusação de integrarem a milícia chefiada por Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho. De acordo com as investigações, as duas faziam parte do núcleo político da organização criminosa.

Lucinha chegou a ser afastada do cargo no fim de 2023, mas retornou em fevereiro deste ano por decisão de seus colegas. No último dia 7, a deputada entregou suas alegações finais e, no início deste mês, prestou depoimento durante 1h40 para se defender na Alerj em sessão fechada para imprensa.

A parlamentar de 63 anos seria, segundo a Polícia Federal, o braço político da milícia de Zinho, preso em dezembro de 2023, que atua em ao menos 13 bairros do Rio. 

De acordo com o MPRJ, em julho de 2021, Lucinha e a ex-assessora forneceram ao grupo informações privilegiadas relacionadas à agenda de visitas do prefeito do Rio, Eduardo Paes, à Zona Oeste. Isso permitiu que os milicianos retirassem seus integrantes das ruas das localidades dominadas pela organização criminosa. 

Houve, também, segundo o MP, tentativa de interferência junto ao prefeito e demais autoridades municipais para que fosse mantida a chamada 'Brecha da P5' no transporte público alternativo municipal, maior fonte de obtenção direta de recursos da milícia. Dessa forma, o grupo poderia explorar o serviço fora do itinerário determinado, aumentando a arrecadação das vans.

Já em novembro de 2021, a deputada prestou auxílio a membros do 'Bonde do Zinho' presos em flagrante, para liberá-los da captura. No mesmo período, ainda segundo a ação penal, Lucinha tentou interferir junto ao Comando da Polícia Militar e ao alto escalão político da Alerj para remover dos cargos os comandantes da 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar e do 27º Batalhão de Polícia Militar. O motivo seria o combate dos agentes à organização criminosa. Fonte e Foto Jornal O Dia.


quarta-feira, 19 de junho de 2024

MPRJ e Polícia Civil cumprem mandados contra organização que desviou mais de R$ 6 milhões da Prefeitura de Arraial do Cabo

 


O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), e a Polícia Civil, deflagraram, na manhã desta terça-feira (18), a operação Toque de Caixa, para cumprimento de um mandado de prisão e oito de busca e apreensão.


Os alvos são integrantes de uma organização criminosa que desviou mais de R$ 6 milhões da Prefeitura de Arraial do Cabo a partir do pagamento por obras e serviços não executados. O GAECO/MPRJ denunciou à Justiça 19 pessoas pelos crimes de falsidade ideológica, peculato, corrupção ativa e passiva, ordenação de despesa não autorizada, falso testemunho e lavagem de dinheiro.


De acordo com as investigações, os crimes aconteceram entre os anos de 2018 e 2020. Entre os denunciados estão um empresário (atualmente pré-candidato a vereador), o ex-vice-prefeito de Arraial do Cabo, secretários de governo (pastas da Saúde e Obras), servidores públicos lotados em cargos de assessoramento, coordenação e direção em secretarias municipais, à época dos fatos. Também foram denunciados um engenheiro e um fiscal de obras.


A pedido do MPRJ, os mandados foram expedidos pelo Juízo da 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa e são cumpridos em Arraial do Cabo, Cabo Frio, Maricá, Itaperuna e na capital (Ilha do Governador). Também estão sendo cumpridos mandados em Juíz de Fora.


De acordo com a denúncia, as empresas M.A.F do Nazareth e a Atlantic receberam R$ 6.564.015,98 milhões em decorrência dos contratos firmados com a Prefeitura de Arraial do Cabo, para a realização de obras no Posto de Saúde da Figueira e a do Posto de Saúde Hermes Barcellos.


À época, em 2020, o prefeito se afastou do cargo em razão de uma medida judicial, o que possibilitou que um dos denunciados assumisse o cargo executivo e autorizasse a liberação dos pagamentos “no apagar das luzes” (na última semana de mandato), descreve a denúncia. Mais de 50% do valor da obra foi repassado nos últimos três meses daquele ano. Os valores foram quitados, mas as obras não foram realizadas.


Empresas de fachada


De acordo com o GAECO/MPRJ, as investigações revelaram que as duas empresas de construção civil foram criadas exclusivamente para firmar contratos com o Município de Arraial do Cabo entre 2018 e 2020.


Uma das empresas de fachada usadas no esquema pertencem ao ex-sócio do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, da Rocinha.


Os valores referentes aos contratos administrativos firmados de forma irregular eram depositados nas contas das empresas contratadas, pertencentes a um dos denunciados. Posteriormente, os recursos eram distribuídos para conta de particulares, com a finalidade de ocultar o dinheiro e os seus destinatários finais.


Ainda segundo as investigações, a conta bancária da empresa Atlantic, que tinha um único sócio “laranja”, também denunciado pelo GAECO/MPRJ, era utilizada como uma holding para lavagem de dinheiro. A denúncia revela que alguns contratos foram celebrados por dispensa de licitação. A apuração apontou ainda o desaparecimento de processos administrativos e de documentos referentes aos procedimentos licitatórios relacionados às empresas, na tentativa de dificultar a apuração dos atos ilegais praticados pelo grupo criminoso junto à Prefeitura de Arraial do Cabo.


A operação recebeu o nome de “Toque de Caixa” porque os pagamentos referentes às obras – não entregues – foram feitos apressadamente, nos últimos dias do mandato do então prefeito.


O alvo principal da operação foi preso no início da manhã.


Fonte: MPRJ/Foto: Divulgação


Polícia Apreende Armas e Drogas em Itaperuna

 


Agentes da 143ª Delegacia de Polícia (DP) e militares do 29º Batalhão de Polícia Militar (BPM) deflagraram na tarde desta terça-feira (18) mais uma etapa da operação "Itaperuna Segura". 


A operação foi desencadeada após um final de semana violento em Itaperuna, onde dois homens foram assassinados a tiros e três ficaram baleados. Visando coibir a escalada da violência, os policiais cumpriram diversos mandados de busca no bairro São Francisco.


Durante a ação, os agentes apreenderam duas granadas, uma pistola calibre 9mm, 50 munições de calibre 9mm, 27 munições de calibre .40, seis munições de calibre 38, uma munição de calibre .45 e uma de calibre 32. Além das armas, foram confiscados 1.100 gramas de pasta base de cocaína, 200 gramas de maconha e uma grande quantidade de material para endolagem de drogas.


Os três presos em flagrante foram levados à 143ª DP, onde aguardam transferência para o sistema prisional. Fonte  96,9 FM 

terça-feira, 11 de junho de 2024

Campos já registra mais de 14,5 mil casos de dengue em 2024

 


A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgou, nesta segunda-feira (10), um novo boletim semanal de arboviroses em Campos. A atualização, com os dados referentes ao período da primeira à 23ª terceira Semana Epidemiológica, aponta que a cidade registra até o momento 14.591 notificações para dengue e 814 para chikungunya.


O monitoramento, feito pela Subsecretaria de Vigilância em Saúde, indica que nos primeiros 10 dias de junho o município registrou 143 casos de dengue e oito de chikungunya.


O primeiro boletim do mês, divulgado na semana passada, trouxe a confirmação da morte de um idoso de 62 anos, por coinfecção de dengue e leptospirose. Foi o terceiro óbito no ano causado por dengue.


Em maio, foram 2.344 notificações para dengue e 427 para chikungunya na cidade. Campos está em epidemia por dengue desde 1º de março, quando foi criado o Gabinete de Crise da Dengue e outras Arboviroses. Fonte J3News


Confira abaixo o levantamento completo de 2024:


Casos de dengue:


Janeiro: 866;


Fevereiro: 3.201;


Março: 4.597;


Abril: 3.440;


Maio: 2.344


Junho (até dia 10): 143.


Notificações para chikungunya:


Janeiro: 48;


Fevereiro: 67;


Março: 156;


Abril: 288;


Maio: 247;


junho (até dia 10): 8.